Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR
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13.3 A TERMINAÇÃO DOS GENES trp DE Bacillus subtilis É CONTROLADA PELO tRIPTOFANO E PELO tRNA 1 'P 333<br />
iifi Estruturas Secundárias<br />
Alternativas Controlam<br />
a Atenuação<br />
Conceitos Essenciais<br />
• A terminação da transcrição pode ser atenuada pelo<br />
controle da formação de uma estrutura em grampo necessária<br />
no RNA.<br />
• Os mecanismos mais diretos de atenuação envolvem<br />
proteínas que estabilizam ou desestabilizam o<br />
grampo.<br />
A estrutura do RNA provê uma oportunidade<br />
para regulação ranro em procari otos como em<br />
eucariotos. Seu modo de ação ma is comum<br />
ocorre quando uma molécula de RNA pode assumir<br />
estruturas secundárias alternativas por<br />
meio de diferentes esquemas de pareamenro intramolecular<br />
de bases. As propriedades das conformações<br />
alternativas podem ser diferentes.<br />
Este tipo de mecanismo pode ser usado para<br />
regular a terminação da transcrição, quando as<br />
estruturas alternativas diferem no sentido de<br />
permitir ou não a terminação. Outra fo rma de<br />
controlar a conformação (e, portanto, a função)<br />
é provida pela divagem de um RNA; a remoção<br />
de um segmento de um RNA pode alterar a conformação<br />
do resto da molécula. Também é possível<br />
uma (pequena) molécula de RNA controlar<br />
a atividade de um RNA-alvo pelo pareamenro<br />
de bases com este; o papel do pequeno RNA é<br />
diretamente análogo àquele de uma proteína<br />
regulatória (ver Seção 13.7, Pequenas Moléculas<br />
de RNA Podem Regular a Tradução). A capacidade<br />
de um RNA adotar diferentes conformações<br />
com conseqüências regulatórias é a alternativa<br />
dos ácidos n ucléicos às mudanças alostéricas<br />
de conformação que regulam a fu nção<br />
de proteínas. Ambos os mecanismos permitem<br />
que uma interação em um sírio da molécula afete<br />
a estrutura de outro sitio.<br />
Vários operons são regulados por atenuação<br />
-um mecanismo que controla a capacidade da<br />
RNA polimerase ler além de um atenuador - , o<br />
qual é um terminador intrínseco localizado no<br />
início de uma unidade rranscricional. O princípio<br />
da atenuação é que algum evento externo conn·ola<br />
a formação de um grampo necessdrio para a<br />
ter·minaçáo intrínseca. Se há a fo rmação do grampo,<br />
a termin ação impede a RNA polimerase de<br />
transcrever os genes estruturais. Se o grampo<br />
não é formado, a RNA polimcrase elonga além<br />
do terminador e os genes são expressos. Diferenres<br />
tipos de mecanismos são empregados em<br />
diferentes sistemas para o comrole da estrutura<br />
do RNA.<br />
A atenuação pode ser regulada por proteínas que<br />
se ligam ao RNA, estabilizando ou desestabilizando<br />
a formação do grampo necessário à terminação.<br />
A FIGURA 13.2 mosrra um exemplo no qual uma<br />
proteína impede a formação do grampo terminador.<br />
A atividade de tal proteína pode ser imrinscca,<br />
ou pode rtl>ponder a uma pequena molécula, do<br />
mtl>mo modo que uma proteína repressora responde<br />
a um co-rcprcssor.<br />
1111 A Terminação dos Gene,s<br />
trp de Bacillus subtilis E<br />
Controlada pelo Triptofano<br />
e pelo tRNA Trp<br />
Conceitos Essenciais<br />
• Uma proteína terminadora, denominada TRAP, é ativada<br />
pelo triptofano e impede a transcrição dos genes trp.<br />
• A atividade de TRAP é (indiretamente) inibida pelo<br />
tRNATrp não-carregado.<br />
O circuiro que controla a transcrição via terminação<br />
pode empregar meios direros quanto ind iretos<br />
para responder à concentração de pequenas moléculas<br />
ou substratos.<br />
Em B. subtilis, uma proteína denominada proteína<br />
acenuadora de ligação ao RNA criptofano<br />
CfRAP) (do inglês: tryptophan RNA-binding ttt-<br />
1 • • • .. • • • • .. ••<br />
Terminador<br />
J<br />
Promotor--.<br />
Terminador--.<br />
r<br />
A proteína liga-se,<br />
bloqueando o grampo<br />
FIGURA 1' 2 A atenuação ocorre quando um grampo terminador<br />
não é formado no RNA.