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Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR

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690 CAPÍTULO 26 SPUCING E PROCESSAMENTO DE RNA<br />

capacidade de reconhecimento do sítio de splicing 5 ', e<br />

isco provavelmente depende da conformação específica<br />

do RNA. As demais fi.mçóes necessárias ao splicing são<br />

fornecidas por snRNPs independentes. O SL RNA pode<br />

atuar sem a participação de proteínas, tais como aquelas<br />

da snRNP UI, sugerindo que o reconhecimento do<br />

sítio de splicing 5' depende diretamente do RNA<br />

O Splidng do tRNA de Leveduras<br />

Envolve Clivagem e União<br />

tRNA maduro<br />

C<br />

G<br />

GA ffi<br />

~~<br />

~ ~~<br />

c<br />

A<br />

v<br />

Anticódon<br />

Pareamento<br />

- --0 íntron pareia-se<br />

com a alçado<br />

anticódon<br />

Conceito Essencial<br />

• O splicing do tRNA ocorre por meio de sucessivas reações<br />

de clivagem e de ligação.<br />

A maioria das reações de splicing depende de seqüências<br />

consenso curtas e ocorre por meio de reações de<br />

transescerificação, nas quais a clivagem e a formação<br />

de ligações é coordenada. O splicingde genes de tRNA<br />

é realizado por um mecanismo diferente, com base<br />

em reações distintas de divagem e em ligação.<br />

Cerca de 59 dos 272 genes nucleares de tRNA da<br />

levedura S. cerevisiae são interrompidos. Cada um<br />

apresenra um único ínrron localizado exatamente a<br />

um nudeotídeo além do lado 3' do anticódon. Os<br />

ímrons apresentam comprimentos variáveis, de 14 a<br />

60 pb. Aqueles de genes de tRNA relacionados exibem<br />

seqüências relacionadas, ao passo que os íntrons<br />

de genes de tRNA que representam aminoácidos diferenteS<br />

não são relacionados. Não há uma seqüência consenso<br />

que seja reconhecida por enzimas de splicing. Isro<br />

também é verdadeiro para genes de tRNA interrompidos<br />

nucleares de plantaS, de anfíbios c de mamíferos.<br />

Todos os íntrons incluem uma seqüência complementar<br />

ao anticódon do tRNA. Isto cria uma<br />

conformação alternariva para o braço do anticódon,<br />

a partir da qual o braço se pareia, formando<br />

uma extensão do braço usual. Um exemplo é esquematizado<br />

na FIGU~ .. 6. Somente o braço<br />

do anricódon é afetado - o restante da molécula<br />

mantém sua estrutura normal.<br />

A seqüência exata e o tamanho do íntron não<br />

são importantes. A maioria das mutações no íntron<br />

não impedem o splicing. O splicing do tRNA<br />

depende principalmente do reconhecimento de uma<br />

estrutura secundária comum no tRNA, ao invés de<br />

uma seqüência comum do fntron. Regiões em diferentes<br />

partes da molécula são importantes, incluindo<br />

o segmento localizado entre o braço aceptor e o<br />

braço O, no braço T\jf e, especialmente, o braço do<br />

anticódon. Isto é um remanescente das necessidades<br />

estruturais requeridas do tRNA, na síntese protéica<br />

(ver Capículo 8, Síntese Protéica).<br />

FIGURA 26.26 O íntron do tRNAPhe de levedura pa reia-se com<br />

o anticódon, modificando a estrutura do braço do anticódon. O<br />

pareamento entre uma base excluída na haste e a alça do íntron<br />

no precursor pode ser necessário ao splicing.<br />

No enranro, o íntron não é inteiramente irrelevante.<br />

O pareamento entre uma base da alça do íntron<br />

e uma base não pareada na haste é necessário ao<br />

splicing. Mutações em outras posições que influenciam<br />

esse pareamento (por exemplo, gerando padrões alternativos<br />

de pareamento) também influenciam osplicing.<br />

As regras que ditam a disponibilidade dos tRNAs<br />

em relação ao splicing se assemelham às regras que determinam<br />

o reconhecimento pelas arninoacil-tRNA<br />

sintetases (ver Seção 9.9, Os tRNAs São Carregados<br />

com Aminoácidos por Sintetases).<br />

Em um mutante de levedura sensível à temperatura,<br />

incapaz de remover os íntrons, os precursores<br />

interrompidos acumulam-se no núcleo. Esses precursores<br />

podem ser utilizados como substratos por um<br />

sistema livre de células, extraído de células selvagens.<br />

O splicing dos precursores pode ser acompanhado devido<br />

à redução de tamanho que ocorre. Isto é visualizado<br />

pela mudança na posição da banda em uma eletroforese<br />

em gel, como ilustrado na FIGURA 26.27. A<br />

redução de tamanho pode ser associada ao aparecimento<br />

de uma banda, representando o ínrron.<br />

O extratO livre de células pode ser fracionado,<br />

avaliando-se sua capacidade de promover o splicing<br />

do tRNA. A reação in vivo requer ATP. A caracterização<br />

das reações que ocorrem com e sem ATP revela<br />

que os dois estágios distintos da reação são crzta!isados<br />

por enzimas diferentes.<br />

• A primeira etapa não requer ATP. Esta envolve<br />

a clivagem de uma ligação fosfod iéster<br />

por uma reação não usual de nuclease. Esta<br />

é catalisada por uma endonuclease.<br />

• A segunda etapa requer ATP e envolve a formação<br />

de uma ligação; esta é uma reação de<br />

união, sendo a atividade enzimática responsável<br />

descrita como wna RNA ligase.

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