Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR
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8.18 O rRNA 16$ DESEMPENHA UM PAPEL ATIVO NA SÍNTESE PROTÉICA 181<br />
Interação<br />
mRNA-tRNA<br />
rRNA 168<br />
1492-1493<br />
FIGURA 8.46 Uma alteração na conformação do rRNA 165 pode<br />
ocorrer durante a síntese protéica.<br />
quatro grupos meül em duas adeninas adjacemes<br />
em um sírio próximo à extremidade 3 ' do rRNA<br />
16$. A metilação gera a. seqüência altamenre conservada<br />
G-m 2 6 A-m 2 6 A, encontrada no rRNA menor,<br />
tanto procariótico como eucariótico. A seqüência<br />
merilada está envolvida na união das subunidades<br />
305 e 50S, que, por sua vez, também está associada<br />
à retenção do tRNA iniciador no ribossomo<br />
compleco. A kasugamicina provoca a liberação de<br />
fMet-tRNAf de ribossomos sensíveis (merilados) ,<br />
ao passo que os ribossomos resistemes são capazes<br />
de reter o iniciador.<br />
Alterações na estrutura do rRNA 16S ocorrem<br />
quando os ribossomos estão engajados na síntese<br />
protéica, como pode ser observado pela proteção<br />
de determinadas bases contra ataques químicos. Os<br />
sítios individuais enquadram-se em poucos grupos<br />
que estão concentrados nos domínios menor e central<br />
de 3 '. Embora as localizações estejam dispersas<br />
na seqüência linear do rRNA 165, parece provável<br />
que as posições de bases envolvidas na mesma função<br />
estejam, na realidade, bastante próximas na estrutura<br />
terciária.<br />
Algumas das alterações do rRNA 165 são desencadeadas<br />
pela união com as subunidades 50S,<br />
pela ligação do mRNA ou ligação do tRNA. Estas<br />
indicam que tais eventos estão associados a alterações<br />
na conformação do ribossomo que afetam a<br />
exposição do rRNA. Estas não indicam, necessariamente,<br />
a participação direta do rRNA nessas funções.<br />
Uma alteração que ocorre durante a síntese<br />
protéica está ilustrada na FIGURA 8.46; esta envolve<br />
uma movimentação local, alterando a namreza de<br />
uma curta seqüência de fira dupla.<br />
O rRNA 165 está envolvido tanto na função<br />
do sírio A como do sírio P, e alterações significativas<br />
em sua estrutura ocorrem quando esses sírios<br />
estão ocupados. Determinadas regiões distintas são<br />
protegidas pelo tRNA ligado ao sírio A (ver Figura<br />
8.45). Uma corresponde à alça 530 (que também é<br />
o sítio de uma mutação que impede a terminação<br />
FIGURA 8.47 O pareamento códon-anticódon sustenta as interações<br />
com as adeninas 1492-1493 do rRNA 165, porém tRNAmRNA<br />
incorretamente pareados não podem interagir.<br />
nos códons UAA, UAG e UGA). A outra corresponde<br />
à região 1400 a 1500 (assim denominada<br />
porque as bases 1399 a 1492 e as adeninas das posições<br />
1492 e 1493 correspondem a dois segmentOS<br />
de fica simples, conectados por um longo grampo).<br />
Todos os efeitos que a ligação do tRNA provoca<br />
no rRNA 165 podem ser produzidos pelo oligonudeot<br />
ídeo isolado da haste-alça do anticódon, de<br />
modo que a ligação cRNA-subunidade deve envolver<br />
esta região.<br />
As adeninas nas posições 1492 c 1493 oferecem<br />
um mecanismo para a detecção de complexos<br />
códon-anticódon corretamente pareados. O princípio<br />
da imeração é qúe a estrutura do rRNA 165<br />
responde à estrutura dos dois primeiros pares de<br />
bases situados no sulco menor da fita dupla formada<br />
pela interação códon-anticódon. A modificação<br />
da posição N1 da base 1492 ou 1493 no rRNA<br />
impede a ligação do tRNA ao sítio A. Contudo,<br />
mutações em 1492 ou 1493 podem ser suprimidas<br />
pela ímrodução de flúor na posição 2' das bases<br />
correspondentes do mRNA (o que restaura a interação).<br />
A FIGURA 8.47 mostra que o pareamenro<br />
códon-amicódon permite que o N 1 de cada adeni-