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Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR

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688 CAPÍTULO 26 SPUCING E PROCESSAMENTO DE RNA<br />

ter contêm uma proteína que inibe a excisão deste íntron.<br />

A proteína liga-se a seqüências no éxon 3; quando<br />

estas são deletadas, o íntron é removido. Provavelmente,<br />

a proteína atue reprimindo a associação do<br />

spliceossomo ao sítio 5' do íntron 3.<br />

t.lMpi Reações de Trans-spUdng<br />

Utilizam Pequenos RNAs<br />

Conceitos Essenciais<br />

• As reações de splicing geralmente ocorrem apenas em<br />

eis, entre as junções de splicing de uma mesma molécula<br />

de RNA.<br />

• O trans-splicing ocorre em tripanossomas e vermes, onde<br />

uma pequena seqüência (Sl RNA) sofre splicing nas extremidades<br />

5' de muitos mRNAs precursores.<br />

• O Sl RNA possui uma estrutura semelhante ao sítio de<br />

ligação de Sm dos soRNAs U e pode desempenhar um<br />

papel análogo na reação.<br />

Em termos evolutivos e mecanísricos, o splicing foi<br />

considerado como uma reação intramolecular, equivalendo<br />

essencialmente a uma deleção controlada de<br />

seqüências de íntrons, no nível do RNA Em termos<br />

genéticos, o splicing somente ocorre em eis. Isco significa<br />

que apenas seqdências em uma mesma molécula de<br />

RNA podem ser processadas em conjunto. A parte superior<br />

da FIGURA 26.24 revela a situação normal. Os íntrons<br />

podem ser removidos de cada molécula de RNA,<br />

permitindo a união dos éxons daquela molécula de<br />

RNA, porém não ocorre a união intermolecular de<br />

éxons de diferentes moléculas de RNA. Não podemos<br />

dizer que o splicing em trans jamais ocorre entre<br />

transcritos de pré-mRNAs do mesmo gene, mas sabemos<br />

que este evento deve ser extremamente raro, pois,<br />

caso fosse prcvalente, os éxons de um gene poderiam<br />

ser capazes de complementar-se genericamente, ao<br />

invés de pertencerem a um único grupo de complementação.<br />

Algumas manipulações podem levar ao trans-splicing.<br />

No exemplo ilustrado na parte inferior da figura<br />

26.24, seqüências complementares foram introduzidas<br />

nos íntrons de dois RNAs. O pareamento de bases<br />

entre os complementos poderia criar uma molécula<br />

em forma de H. Essa molécula poderia sofrer um<br />

splicing em eis, ligando os éxons covalentemente ligados<br />

por um íntron, ou poderia sofrer um splicing em<br />

trans, conectando os éxons das moléculas justapostas<br />

de RNA. Ambas as reações ocorrem in vitro.<br />

Outra situação na qual o trans-splicing é possível<br />

in vitro ocorre quando um dos RNAs substratos contém<br />

um sírio de splicing 5 ', e o outro contém um sítio<br />

de splicíng 3' associado a seqüências a jusante apropriadas<br />

(que podem ser o sítio de splicing 5' seguinte,<br />

-<br />

®1-<br />

f • • R • - .. • • •<br />

·""''-'<br />

O splicing normal ocorre somente em eis<br />

------------------~<br />

Éxon 1 Íntron Éxon 2 Éxon 3 Íntron Éxon 4<br />

O splicing pode ocorrer em trans quando seqüências complementares são introduzidas nos íntrons<br />

._...<br />

Éxon 1<br />

Íntron Éxon 2<br />

Éxon 3<br />

Íntron Éxon4<br />

==~ ._... ~~===­<br />

====~ .... ~===<br />

Produtos de splicing em eis<br />

Produtos de spü;g em trans<br />

FlGURA 26.24 O splicing em geral ocorre apenas em eis entre os éxons carreados 'Jiõ.Z o;;esma molécula física<br />

de RNA, mas o trans-sp/icing pode ocorrer quando construções especiais são obtidas. ~itind o o pareamento<br />

de bases entre os í ntrons.

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