Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
294 CAPÍTULO 11 TRANSCRIÇÃO<br />
J<br />
Fatores de terminação e antiterminação ligam-se à RNA polimerase<br />
Promotor Sítio nut Terminador<br />
boxA<br />
boxB<br />
CGCTCTTANNNNNNNNNAGCCCTGAAPuAAGGGCA<br />
GCGAGAATNNNNNNNNNTCGGGACTTPyTTCCCGT<br />
~ Q NusA<br />
NusB-S10<br />
liga-se<br />
ao boxA<br />
NusG<br />
facilita a<br />
montagem<br />
do complexo<br />
pN<br />
liga-se<br />
ao boxB<br />
Fator geral<br />
de terminação<br />
FIGURA lUiS Fatores auxiliares ligam-se à RNA polimerase à medida que esta<br />
ultrapassa determinados sítios. O sítio nut consiste em duas seqüências. NusB-510<br />
une-se à enzima cerne à medida que esta ultrapassa o boxA. Em seguida, as proteínas<br />
NusA e pN ligam-se à medida que a polimerase ultrapassa o boxB. A presença de<br />
pN permite que a enzima leia alêm do terminador. produzindo um mRNA composto,<br />
contendo seqüências precoces imediatas unidas a seqüências precoces atrasadas.<br />
Os lócus nus codificam proteínas que fazem parte<br />
do aparato de transcrição, mas que não são isoladas<br />
com a enzima RNA polimerase. A função de nusA,<br />
nusB c nttsG está relacionada apenas com a terminação<br />
da rranscriç.'lo. nusE codifica a proteína ribossomal<br />
S 1 O; a relaç.'lo entre sua localização na subunidade<br />
30$ e sua fimção na terminação não está clara. As<br />
proteínas Nus ligam-se à RNA polimerase no sítio<br />
nttt, como apresentado na FIGURA 11.55.<br />
NusA é um faror geral de tranScrição que aumenta<br />
a eficiência de terminação, provavelmente intensificando<br />
a tendência da RNA polimcrase realizar pausas<br />
nos terminadores (e, certamente, em o urras regiões<br />
de estrurura secundária; ver a seguir). NusB e S lO formam<br />
um dímero que se liga especificamente ao RNA<br />
contendo uma seqüência boxA. NusG pode estar envolvida<br />
na montagem geral de todos os fatores Nus<br />
em um complexo com a RNA polimerase.<br />
Terminadores intrínsecos e dependentes de rho<br />
exibem necessidades diferentes pelos fatores Nus.<br />
NusA é necessário à terminação em terminadores<br />
intrínsecos, e a reação pode ser impedida por pN.<br />
Em terminadores dependentes de rho, rodas as quatro<br />
proteínas N us são exigidas e, novamente, pN<br />
isoladamente pode inibir a reação. A característica<br />
comum de pN em ambos os terminadores é impedir<br />
o papel de N usA na terminação. A ligação de<br />
pN a N usA inibe a capacidade de NusA ligar-se ao<br />
RNA, o que é necessário à terminação.<br />
A anrirerminação ocorre nos operons 1·rn (rRNA)<br />
de E cofi e envolve as mesmas funções de nus. l\.s regiões<br />
líder dos operons rrn contêm seqüências boxA;<br />
dímeros de NusB-Sl O reconhecem essas seqüências e<br />
ligam-se à RNA polimerase à medida que este donga<br />
além do boxA. Isso muda as propried~des da RNA<br />
polimerase de r.al forma que esta é agora capaz de ler<br />
além de terminadores dependentes de rho presentes<br />
no interior da unidade de rranscriç.'io.<br />
A seqüência boxA do RNA de lambda não se liga a<br />
NusB-S 1 O, sendo provavelmente capacitada para realizar<br />
isso pela presença de NusA e pN; a seqüência<br />
boxE pode ser necessária para estabilizar a reação. Assim,<br />
variações na seqüência boxA podem determinar<br />
qual conjunto particular de fatores é necessário para a<br />
anrirerminação. A~ conseqüências são as mesmas:<br />
quando a RNA polimerase ultrapassa o sírio nut, é<br />
modificada pela adição de fatores apropriados, sendo<br />
incapaz de terminar quando subseqüentemente encontra<br />
sírios terminadores.<br />
A amirerminação em lambda requer que pN se<br />
ligue à RNA polimerase de uma maneira que depende<br />
da seqüência da unidade de transcrição. Esraria<br />
pN reconhecendo o sírio boxB no DNA, ou<br />
no transcrito de RNA? Esta não se liga independentemente<br />
a ambos os tipos de seqüência, ligando-se<br />
a um complexo de transcrição quando a enzima<br />
cerne ultrapassa o sírio boxE. pN possui domínios<br />
distintos que reconhecem a seqüência boxE<br />
no RNA e a protefna NusA. Após unir-se ao complexo<br />
de transcrição, pN permanece associada à enzima<br />
cerne, tornando-se, de faro, uma subunidade<br />
adicional cuja presença modifica o reconhecimentO<br />
dos terminadores. ProvFelmente, pN continua,<br />
de faro, a ligar-se a ambos, à seqüência boxE no<br />
RNA e à RNA polimerase, que mantém uma alça<br />
no RNA; assim, o papel do boxB no RNA seria,<br />
parcialmente, de ancorar pN nas adjacências, aumentando<br />
efetivamente sua concentração local.<br />
pQ, que impede a terminação posteriormente<br />
na infecção fágica por sua ação em qut, apresenta<br />
um mecanismo de ação diferente. A seqüência qut<br />
localiza-se no começo da unidade de transcrição tardia.<br />
A porção a montante de qut sirua-se no interior<br />
do promotor, ao passo a porção a jusante se si rua no<br />
começo da região transcrita. Isso in1plica que a ação<br />
de pQ envolve o reconhecimento do DNA; isto também<br />
implica que seu mecanismo de ação, pelo menos<br />
no que concerne à ligação inicial ao complexo, deve<br />
ser diferente daquele de p~. pQ interage com a holoenzima<br />
dmanre a fase de iniciação. De faro, cr7° é<br />
necessário para a interação com pQ. Isso reforça a<br />
visão da RNA polimerase como uma estrutura interativa<br />
na qual alterações conformacionais induzidas<br />
em urna fase podem afetar sua atividade em<br />
uma fase posterior.<br />
. A ação básica de pQ é de interferir com as pausas.<br />
Uma vez que o pQ aruou sobre a RNA poli merase,<br />
a enzima exilx uma grande redução nas pau-