Genes IX Benjamin Lewin - PortuguesBR
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700 CAPÍTULO 26 SPLICING E PROCESSAMENTO OE RNA<br />
•<br />
5' snoRNA BoxH BoxACA<br />
FIGURA 26.41 Os snoRNAs H/ACA possuem duas seqüências<br />
conservadas curtas e duas estruturas em grampo, cada uma<br />
aprese ntando regiões da haste complementares ao rRNA. A pseudo-uridina<br />
é formada pela conversão de uma uridina não pareada,<br />
situada no interior da região complementar do rRNA.<br />
qüência parcialníente conservada (box H), sicuada<br />
entre duas estruturas em haste-alça com grampo.<br />
Cada um desses snoRNAs apresenta uma seqüência<br />
complemenrar ao rRNA no imerior da haste de<br />
cada grampo. A FIGU~A 26.41 mostra a estrutura<br />
que seria produzida pelo pareamemo com o rRNA.<br />
No interior de cada região pareada existem duas<br />
b:1_ses não pareadas, uma das quais COlTesponde a<br />
uma uridina, que é convertida em pseudo-uridina.<br />
Os snoRNAs H/ACA associam-se a uma proteína<br />
nucleolar denominada Garl p, a qual é requerida<br />
para a formação de pseudo-uridina, mas cuja<br />
função é desconhecida. As pseudo-uridinas sintases<br />
conhecidas são proteínas que não requerem um<br />
RNA co-fator para atuar. As sinrases que poderiam<br />
estar envolvidas na síntese de pseudo-uridina mediada<br />
por snoRNAs não foram ainda identificadas.<br />
O envolvimento do snRNA U7 na geração da<br />
extremidade 3 ', e o papel dos snoRNAs no processamento<br />
e na modificação dos rRNAs são consistentes<br />
com a idéia que desenvolvemos no Capículo<br />
27, RNA Caralírico, de que muitos - talvez rodos<br />
- os evenros de processamento do RNA dependam<br />
de interações RNA-RNA. Assim como nas reações<br />
de spiícíng, o snRNA provavelmente atue na forma<br />
de uma partícula ribonudeoprotéica, contendo proteínas<br />
e também RNA. O pareamento do RNA da<br />
partícula éom uma curta seqüência no RNA substrato<br />
é comum (embora não seja o único mecanismo<br />
de ação).<br />
t.lt.li Resumo<br />
O splicíng realiza a remoção dos íntrons e a união<br />
dos éxons, originando a seqüência madura de RNA.<br />
Existem pelo menos quatro tipos de reação, as quais<br />
são diferenciadas por suas necessidades in vitro e<br />
pelos intermediários que geram. Os sistemas incluem<br />
os íntrons nucleares eucarióticos, os íntrons<br />
do grupo I e do grupo II e os ínrrons do rRNA.<br />
Cada reação envolve uma alteração na organização<br />
no interior de uma molécula de RNA, sendo, portanto,<br />
um evento que age em eis.<br />
O splicíng do pré-mRNA segue vias preferenciais,<br />
porém não obrigatórias. Somente seqüências<br />
consenso muito curtas são necessárias; o restante<br />
do íntron parece ser irrelevante. Todos os sítios de<br />
splicíng 5' são provavelmente equivalentes, assim<br />
como rodos os sírios de splicing 3'. As seqüências<br />
necessárias são determinadas pela regra GU-AG,<br />
que descreve as extremidades do íntron. O sítio de<br />
ramificação UACUAAC de levedura, ou uma seqüência<br />
consenso menos conservada em íntrons de<br />
mamíferos, é também requerida. A reação com o<br />
sítio de splicing 5' envolve a formação de um laço,<br />
que liga a extremidade GU do íntron, por meio de<br />
uma ligação 5 '-2 ', ao A na posição 6 do sítio de<br />
ramificação. A extremidade 3 '-OH do éxon então<br />
ataca o sítio de splicing 3 ', de forma que os éxons<br />
são ligados e o íntron é liberado como um laço. As<br />
duas reações correspondetn a rransesteriflcações, nas<br />
quais as ligações são conservadas. Vários estágios<br />
da reação requerem a hidrólise de ATP, provavelmente<br />
para promover alterações conformacionais<br />
no RNA e/ou componentes protéicos. A formação<br />
do laço é responsável pela escolha do sírio de splicing<br />
3'. Padrões de splicíng alternativo são gerados<br />
por fatores protéicos que estimulam o uso de um<br />
novo sírio, ou bloqueiam o uso do sírio-padrão.<br />
O splicíng do pré-mRNA requer a formação de<br />
um spliceossomo - uma grande partícula que organiza<br />
as seqüências consenso em uma conformação<br />
reativa. Freqüentemente, o spliceossomo é formado<br />
pelo processo de definição de íntron, que envolve o<br />
reconhecimento do sítio de spliâng 5 ', do sítio de<br />
ramificação e do sítio de splicing 3 ' . Uma via alternativa<br />
envolve a definição de éxon, a qual depende<br />
do reconhecimento inicial dos sítios de spliáng 5'<br />
de ambos, ínrron substrato e ínrron seguinte. Sua<br />
formação ocorre por meio de uma série de estágios,<br />
desde o complexo E (de comprometimento), que<br />
contém a snRNP Ul e fatores de splicing, até os<br />
complexos A e B, quando componentes adicionais<br />
são incorporados.<br />
O splíceossomo contém as snRNPs UI, U2, U4/<br />
UG e U5, assim como alguns fatores adicionais de