edição de 14 de novembro de 2016
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mercado<br />
Vitória <strong>de</strong> Trump surpreen<strong>de</strong> e<br />
questiona eficácia das pesquisas<br />
Eleição americana levanta novamente discussão sobre os resultados<br />
dos estudos, que não previram a <strong>de</strong>rrota <strong>de</strong> Hillary para o republicano<br />
andykatz/iStock<br />
Donald Trump chega à Presidência dos Estados Unidos, contrariando prognósticos das pesquisas; institutos fazem mea culpa, como o Ipsos, que emitiu comunicado semana passada<br />
Claudia Penteado<br />
Uma perspectiva populista <strong>de</strong><br />
li<strong>de</strong>rança, pontuada por esdrúxulas<br />
promessas – como<br />
construir um muro na fronteira<br />
com o México, <strong>de</strong>portar 11 milhões<br />
<strong>de</strong> imigrantes, promover<br />
um Brexit multiplicado por cinco<br />
e proibir a entrada <strong>de</strong> muçulmanos<br />
nos Estados Unidos –, acabou<br />
levando o magnata republicano<br />
Donald Trump à presidência<br />
dos Estados Unidos, contrariando<br />
todos os prognósticos<br />
feitos por institutos <strong>de</strong> pesquisa.<br />
Ele surfou bem na onda <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto<br />
dos americanos com a<br />
recessão, a globalização e o terrorismo,<br />
e <strong>de</strong>rrotou a <strong>de</strong>mocrata<br />
Hillary Clinton, aposta da maioria.<br />
O mundo inteiro quedou-se<br />
perplexo diante do resultado,<br />
especialmente a maior parte dos<br />
Estados Unidos.<br />
Por lá, institutos andam fazendo<br />
mea culpa, como é o caso<br />
da Ipsos, que emitiu comunicado<br />
afirmando que conduzirá uma<br />
revisão completa a respeito <strong>de</strong><br />
por que as pesquisas <strong>de</strong> intenção<br />
<strong>de</strong> voto não consi<strong>de</strong>raram a vitória<br />
<strong>de</strong> Trump. Uma das hipóteses<br />
é o altíssimo número <strong>de</strong> abstenções<br />
<strong>de</strong> votos, quando as pesquisas<br />
assumiram 60% <strong>de</strong> participação<br />
média, hipótese que se<br />
mostrou incorreta. No voto popular,<br />
na média apurada pelo site<br />
RealClearPolitics, Hillary venceria<br />
por 3 pontos. A candidata <strong>de</strong>mocrata<br />
na verda<strong>de</strong> venceu, por<br />
0,3% – diferença tecnicamente<br />
justificada por margens <strong>de</strong> erro.<br />
As projeções da USC Dornsife/<br />
“Pesquisas ficam<br />
Prejudicadas<br />
quando a busca<br />
mexe com coisas<br />
muito Profundas<br />
do ser humano”<br />
16 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark