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edição de 14 de novembro de 2016

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Oscar Simões, da ABTA, afirma que a maior ameaça ao setor é a recessão econômica<br />

a estimativa<br />

<strong>de</strong> perdas<br />

<strong>de</strong>correNtes da<br />

ilegalida<strong>de</strong> é<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> r$ 6<br />

bilhões por aNo,<br />

eNtre evasão<br />

<strong>de</strong> receitas e<br />

<strong>de</strong> impostos,<br />

comprometeNdo<br />

milhares <strong>de</strong><br />

empregos”<br />

Divulgação<br />

part, o vespertino foi o período<br />

que concentrou o maior<br />

número <strong>de</strong> veiculações. Esse<br />

comportamento é reflexo do<br />

esforço do setor <strong>de</strong> brinquedos<br />

e acessórios, que concentra<br />

89% <strong>de</strong> sua verba para TV<br />

paga”, explica Rita Romero,<br />

diretora-executiva do Kantar<br />

Ibope Media.<br />

Segundo Rita, não há uma<br />

competição direta entre meios.<br />

“É necessário analisar os canais<br />

e comportamentos para criar a<br />

estratégia <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong><br />

conteúdo mais assertiva”, ela<br />

enfatiza. “Mesmo com consumo<br />

<strong>de</strong> mídia sendo diversificado<br />

em outros meios, a TV mantém<br />

o crescimento - até porque<br />

vem integrando seu conteúdo<br />

<strong>de</strong> formas diferentes com outros<br />

meios (celular, computador,<br />

tablets etc.). É importante<br />

ressaltar que os meios não competem<br />

entre si, mas se complementam<br />

para tornar a experiência<br />

do consumidor <strong>de</strong> conteúdo<br />

a melhor possível, no momento<br />

e no lugar em que ele se encontra.<br />

Além disso, segundo dados<br />

<strong>de</strong> audiência comportamental<br />

da Kantar Ibope Media, 54% dos<br />

assinantes <strong>de</strong> TV são apaixonados<br />

pelo meio. Os telespectadores<br />

que <strong>de</strong>clararam ‘gostar <strong>de</strong><br />

ter muitos canais’, ‘que só pensam<br />

em TV’, ‘que confiam na TV<br />

para se informar’ e consi<strong>de</strong>ram<br />

a televisão como sua ‘principal<br />

fonte <strong>de</strong> entretenimento’ têm<br />

uma afinida<strong>de</strong> acima da média<br />

com programação <strong>de</strong> TV paga.<br />

O reflexo disso é que, no 1º semestre<br />

<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, mais <strong>de</strong> 360<br />

anunciantes que estiveram presentes<br />

no meio, também anunciaram<br />

em revistas”.<br />

Para Oscar Simões, presi<strong>de</strong>nte<br />

da ABTA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Televisão por<br />

Assinatura), o setor absorveu<br />

os efeitos da recessão econômica,<br />

mas <strong>de</strong> forma menos<br />

acentuada em relação a outros<br />

mercados. “Enquanto a<br />

expectativa <strong>de</strong> queda do PIB<br />

em <strong>2016</strong> é <strong>de</strong> 3,2%, a base <strong>de</strong><br />

assinantes <strong>de</strong> TV paga apresentou<br />

um recuo <strong>de</strong> apenas<br />

0,5% no acumulado <strong>de</strong> janeiro<br />

a setembro, e acreditamos<br />

que a tendência é fechar o ano<br />

com estabilida<strong>de</strong>. Em nossa<br />

avaliação, esse resultado<br />

<strong>de</strong>corre do seguinte: embora<br />

os brasileiros tenham cortado<br />

gastos por conta da crise,<br />

muitas famílias mantiveram<br />

seus pacotes <strong>de</strong> TV por assinatura,<br />

por ser uma das opções<br />

mais acessíveis e completas<br />

<strong>de</strong> informação, cultura e entretenimento.<br />

Uma pesquisa<br />

que realizamos recentemente<br />

<strong>de</strong>monstrou a importância<br />

da TV por assinatura para as<br />

famílias <strong>de</strong> classe C (mais <strong>de</strong>talhes<br />

adiante). Por isso, acreditamos<br />

que a base <strong>de</strong> assinantes<br />

voltará a crescer assim<br />

que a economia se recuperar.<br />

É importante ressaltar que,<br />

apesar da queda pouco significativa<br />

da base, as audiências<br />

da TV por assinatura em <strong>2016</strong><br />

seguiram uma curva ascen<strong>de</strong>nte.<br />

Neste ano, ultrapassamos<br />

a marca <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong><br />

pessoas conectadas por minuto”,<br />

disse Simões.<br />

Segundo a última edição do<br />

Mídia Fatos (publicação anual<br />

da ABTA com estatísticas do<br />

setor), lançada em 2015, como<br />

<strong>de</strong>staca Simões, a TV por assinatura<br />

foi o meio que mais<br />

cresceu em publicida<strong>de</strong> no<br />

ano anterior, com uma evolução<br />

<strong>de</strong> 28%. Em <strong>de</strong>z anos, segundo<br />

ele, o share da TV por<br />

assinatura no mercado publicitário<br />

triplicou, <strong>de</strong> 2% para<br />

6%, com um faturamento<br />

anual superando R$ 2 bilhões<br />

em publicida<strong>de</strong>. “Entretanto,<br />

o crescimento da importância<br />

da TV por assinatura ainda<br />

não é totalmente acompanhado<br />

pelo mercado publicitário.<br />

Prova disso é que os canais<br />

pagos representam 21% da audiência<br />

<strong>de</strong> TV (somando aberta<br />

e paga) e ficam com apenas<br />

8% do investimento em publicida<strong>de</strong><br />

no meio televisivo”.<br />

O mercado passa por transformações<br />

e a ABTA 2017, ano<br />

que a feira completa 25 anos,<br />

vai enfatizar esse novo cenário.<br />

Simões elenca as principais<br />

ameaças do tra<strong>de</strong>. “A maior é<br />

a recessão. Acreditamos que a<br />

retomada do crescimento passa<br />

por medidas <strong>de</strong> estímulo à<br />

<strong>de</strong>manda. E uma das formas <strong>de</strong><br />

incentivo aos investimentos é a<br />

simplificação regulatória. Nossa<br />

expectativa é que, diante do<br />

atual cenário, os agentes reguladores<br />

mu<strong>de</strong>m a visão que<br />

predominou nos últimos anos,<br />

<strong>de</strong> exigência <strong>de</strong> oferta, para<br />

uma nova realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> estímulo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda”, <strong>de</strong>talha o<br />

presi<strong>de</strong>nte da ABTA.<br />

Outra gran<strong>de</strong> ameaça a é o<br />

avanço da pirataria. “A última<br />

pesquisa da ABTA sobre o<br />

tema, realizada em 2015, apontou<br />

4,5 milhões <strong>de</strong> usuários ilegais<br />

no Brasil. A estimativa <strong>de</strong><br />

perdas <strong>de</strong>correntes da ilegalida<strong>de</strong><br />

é <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 6 bilhões<br />

por ano, entre evasão <strong>de</strong> receitas<br />

e <strong>de</strong> impostos, comprometendo<br />

milhares <strong>de</strong> empregos. O<br />

setor <strong>de</strong> TV paga vem fazendo<br />

sua parte, com avanços tecnológicos<br />

que inibem o roubo <strong>de</strong><br />

sinais. Mas a pirataria cresce<br />

fundamentalmente com a facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acesso a <strong>de</strong>codificadores<br />

ilegais, um contrabando<br />

que precisa ser combatido<br />

com rigor pelos órgãos governamentais.<br />

Há ainda ameaças<br />

regulatórias, como a possível<br />

obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituir<br />

os <strong>de</strong>codificadores <strong>de</strong> sinais<br />

via satélite por caixas híbridas,<br />

o que impactaria milhões <strong>de</strong><br />

assinantes, e a ameaça da carga<br />

tributária. Neste ano, 15 estados<br />

aumentaram em 50% a<br />

alíquota do ICMS sobre os serviços<br />

<strong>de</strong> TV por assinatura, elevando<br />

os preços ao consumidor<br />

em plena crise”, finaliza.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 23

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