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I Congresso Internacional Rousseau x Kant – UFMA Página | 166<br />
III Congresso Nacional Jean-Jacques Rousseau – UFMA: estética e representação<br />
I Congresso Kant – UFMA: liberdade, justiça e dignidade<br />
SOBRE A CONCEPÇÃO <strong>DE</strong> VIRTU<strong>DE</strong> EM ROUSSEAU<br />
Otávio Oliveira Silva 12<br />
Orientador: Flávio Luiz Castro Freitas 13<br />
Graduando da Universidade Federal do Maranhão<br />
E-mail: otávio.ufma@gmail.com<br />
RESUMO: o objetivo central deste trabalho é propiciar uma discussão acerca da concepção<br />
de virtude em Rousseau, demonstrando sua relação com sua visão crítica a respeito das<br />
ciências e das artes no convívio social. Tendo em vista isso, em que medida consiste a<br />
concepção de virtude para Rousseau? Para desenvolver essa questão, o presente trabalho<br />
pode ser considerado de natureza teórica e está fundamentado, sobretudo, na obra o “Discurso<br />
sobre as ciências e as artes” (1750). O Discurso sobre as ciências e as artes, escrito por Jean<br />
Jacques Rousseau, foi a obra que conquistou o prêmio da academia de Dijon no ano de 1750.<br />
A academia de Dijon, realizou um concurso sobre a seguinte questão: “o restabelecimento<br />
das ciências e das artes contribuiu para purificar ou corromper os costumes?”<br />
Metodologicamente, o texto procura destacar os principais aspectos dessa questão, da qual<br />
Rousseau produziu uma importante crítica a ideia de civilidade e a ideia de progresso<br />
realizado pelas ciências e pelas artes de seu tempo. E de certo modo, lançou um olhar crítico<br />
sobre a atual contemporaneidade, uma vez que, a contemporaneidade é predominantemente<br />
marcada pela “Industria cultural” e pelo avanço “técnico-cientifico”. Considera-se que, na<br />
medida em que o homem é submetido ao progresso das ciências e das artes, a convivência<br />
em sociedade torna-se cada vez mais policiada pelo Estado. Isto é, por meio da ideologia de<br />
que o Estado através do governo e suas leis promovem a segurança e o bem-estar, o mesmo<br />
por meio dos avanços proporcionados pelos meios técnico-científicos impregna no homem<br />
uma forma de controle sobre sua liberdade, em que o mesmo não se vê controlado, e, assim,<br />
pensase livre. Sendo portanto, as ciências e as artes, uma fundamental condicionante para o<br />
controle das ações humanas, o vício e a corrupção das virtudes (como a simplicidade).<br />
Palavras-chave: Virtude. Ciências. Artes. Estado. Liberdade.<br />
12<br />
Estudante do Curso de Licenciatura interdisciplinar em Ciências Humanas, habilitação em<br />
Filosofia da UFMA, Campus de Pinheiro-Ma.<br />
13<br />
Orientador. Prof. Dr. Flávio Luiz Castro Freitas. Professor doutor do Curso de Licenciatura<br />
interdisciplinar em Ciências Humanas, habilitação em Filosofia da UFMA, Campus de Pinheiro-<br />
Ma. E-mail: f_lcf@hotmail.com.