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mídia<br />
Brasileiro gosta mais <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
em OOH do que a média internacional<br />
Kantar Ibope Media mostra que 39% dos usuários <strong>de</strong> smartphones no<br />
país apreciam a propaganda out of home, contra 33% da taxa global<br />
Paulo Macedo<br />
mídia ao ar livre e a explorada com mobiliários<br />
em ambientes fechados, entre os<br />
A<br />
quais aeroportos, metrôs e elevadores, vêm<br />
crescendo em relevância na era dos consumidores<br />
conectados. O estudo global Dimension,<br />
do Kantar Ibope Media, aponta que 39% dos<br />
usuários <strong>de</strong> smartphones e outros <strong>de</strong>vices ligados<br />
à internet no Brasil gostam da exposição<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> nos espaços <strong>de</strong> OOH (Out<br />
of Home), contra 33% da média internacional.<br />
De acordo com Adriana Favaro, diretora-<br />
-comercial do Kantar Ibope Media, vários<br />
aspectos contribuem para a percepção <strong>de</strong> o<br />
meio estar em elevação nos planos <strong>de</strong> mídia.<br />
Um dos mais importantes é o incremento <strong>de</strong><br />
novos equipamentos após a adoção da Lei<br />
Cida<strong>de</strong> Limpa, em São Paulo, por exemplo.<br />
Consequentemente, mais tecnologia, formatos,<br />
interativida<strong>de</strong> e oferta com programática<br />
como a que a Clear Channel fez com o Itaú,<br />
com ajuda das empresas Verizon Media e Rubicon<br />
Project, para promover o patrocínio do<br />
banco ao Rock in Rio em seus relógios digitais.<br />
Nas palavras <strong>de</strong> Adriana, as novas formas<br />
<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana pesam no consumo do<br />
OOH. 13% das pessoas estão andando mais a<br />
pé; 37% fazem uso da bicicleta como meio <strong>de</strong><br />
transporte no Rio e SP; 48% <strong>de</strong> crescimento<br />
da oferta <strong>de</strong> aplicativos como o Uber. O TGI<br />
(Target In<strong>de</strong>x Group) esclarece que o potencial<br />
do OOH “é intrínseco ao novo cenário<br />
<strong>de</strong> locomoção: 99,5% utilizaram um meio <strong>de</strong><br />
transporte numa semana, dos quais 90% em<br />
transporte público, com tempo total <strong>de</strong> 10h18.<br />
Em 30 dias, 99,6% circularam por ruas e avenidas;<br />
90% passaram por supermercados; e<br />
39% estiveram em shoppings.<br />
“Esse cenário colabora para 82% das pessoas<br />
serem impactadas pelo OOH no Brasil,<br />
contra 71% na Espanha, 70% no Reino Unido<br />
e 58% na França. O meio tem a<strong>de</strong>rência à<br />
jornada do consumidor que tanto os players<br />
buscam. As características do canal são oportunida<strong>de</strong>s<br />
para as marcas trabalharem sua comunicação”,<br />
pon<strong>de</strong>rou a executiva do Kantar<br />
Ibope Media.<br />
A questão da jornada faz parte do estudo<br />
Insi<strong>de</strong> OOH - Panorama do Meio e seu Potencial”.<br />
A trajetória começa às 6h, ao sair <strong>de</strong><br />
casa, e envolve trabalho/escritório, escola, caminhadas<br />
etc. “As pessoas estão fora <strong>de</strong> casa<br />
nos mais diferentes horários e locais. Ao longo<br />
do dia passam gran<strong>de</strong> parte no escritório<br />
ou no meio <strong>de</strong> locomoção. Todos esses locais<br />
têm presença efetiva <strong>de</strong> OOH, tornando claro<br />
o gran<strong>de</strong> potencial e diversida<strong>de</strong> que o meio<br />
Itaú recorreu à mídia programática para campanha do Rock in Rio, com utilização dos relógios da Clear Channel<br />
tem”, <strong>de</strong>screve o estudo.<br />
Outro feature do OOH é a segmentação, que<br />
permite oferta <strong>de</strong> conteúdo para diferentes<br />
perfis, mas com olhar além do <strong>de</strong>mográfico e<br />
contemplando mais o lado comportamental.<br />
A pesquisa fala que 88% acessam a internet<br />
e 85% possuem smartphones. O interesse por<br />
Adriana Favaro, diretora-comercial do Kantar Ibope Media<br />
Fotos: Divulgação<br />
consumo fica claro quando 62% <strong>de</strong>claram estar<br />
em busca <strong>de</strong> informações antes <strong>de</strong> consolidar<br />
compra <strong>de</strong> eletrônicos; e 50% dos que<br />
foram impactados pelo canal OOH preten<strong>de</strong>m<br />
viajar <strong>de</strong> avião em um ano. Adriana esclarece,<br />
usando dados do TGI, que a força nacional do<br />
OOH é reforçada pelo alcance a 87% da população,<br />
que representa crescimento <strong>de</strong> 6,3%<br />
nos últimos cinco anos. No âmbito local, o volume<br />
é expressivo: 97% em Goiânia; 96% em<br />
Recife; 95% em Curitiba e Porto Alegre; 83%<br />
em São Paulo; e 80% no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
“Em 2018, foram 6.157 anunciantes e 7.658<br />
marcas presentes no OOH. Anunciantes estão<br />
apoiando, <strong>de</strong>scobrindo e explorando muito o<br />
meio. No bolo estão marcas do ambiente digital<br />
como Netflix, iFood, Google, 99, YouTube<br />
e Uber. Abrigos <strong>de</strong> ônibus estão mais equipados,<br />
conectados e tecnológicos. Isso agrega<br />
valor à mídia. Que já não é mais um meio tradicional,<br />
mas digital”, <strong>de</strong>stacou Adriana.<br />
O TGI fala que investimento publicitário no<br />
OOH é li<strong>de</strong>rado pelo segmento <strong>de</strong> serviços ao<br />
consumidor, com share <strong>de</strong> 30,7%. O comércio<br />
vem em 2º lugar, com participação <strong>de</strong> 12,2%;<br />
cultura, lazer, esportes e turismo, com 7,9%;<br />
bebidas, com 7,4%; telecomunicações, com<br />
7%; e financeiro/securitário, com 6,8%. “O<br />
OOH permite comunicação <strong>de</strong> massa e ações<br />
segmentadas”, finaliza Adriana.<br />
52 <strong>16</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark