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O netinho então conduziu o jumento, segurando o arreio, enquanto o avô,
feliz e orgulhoso, montado no animal, o observava. De repente, um grupo de
pessoas que passava próximo disse:
– Que absurdo! O pobre do menino conduzindo o jumento e o velho
montado… Que coisa feia!
Constrangido porque estavam falando mal dele, o avô decidiu colocar o neto
sobre o jumentinho e conduzir ele mesmo o animal. Assim seguiu no caminho,
enquanto o netinho, montado no jumento, ficou feliz e orgulhoso de ver o avô
andando ao seu lado.
E ouviram outro grupo comentar:
– Que absurdo! Enquanto o menino vai montado no jumento, o pobre do
velho vai andando a pé…
Constrangido diante do que estavam pensando do neto, o avô. desceu do
jumento e acompanhou-o de mãos dadas. Os dois seguiam a pé.
Ao chegarem à cidade, outro grupo passou por eles, dizendo:
– Que absurdo! O velho e o menino andando e ninguém montado no
jumento. Há tanta gente precisando de um animal desses, deviam dar a quem
precisa.
O avô olhou para aquelas pessoas e, sem saber mais o que fazer, montou ele
e o menino no jumento, acreditando que enfim agradaria a todos. No entanto,
outras pessoas passaram por ele e disseram:
– Que absurdo! Duas pessoas montadas num jumento, assim vão acabar com
o lombo do pobre animal!
O avô percebe, então, que não importa o que seja feito, sempre haverá
alguém para falar mal dele.
Tenho desafiado as pessoas a manifestarem depressão fazendo esses
exercícios. Nunca vi alguém queixar-se de depressão e elogiar
amorosamente as pessoas a seu lado. Nunca ouvi pessoas depressivas
dizerem: “Eu sou grata pela sua vida, você faz diferença”. Nunca vi
pessoas bradarem alegria forte e intensamente e ainda assim se sentirem
derrotadas e desmotivadas. Talvez não seja nada fácil para quem está
em estado profundo de depressão mudar seu padrão de comunicação para
essa nova linguagem. Contudo, quer seja por determinação própria, por
ajuda de pessoas próximas, pela motivação e dinâmica de um seminário,
quer pelo auxílio de medicamentos, tenho visto pessoas conseguirem sair
dessa prisão. Tenho visto pessoas que vinham tomando remédios
controlados há mais de quinze anos terem seus medicamentos suspensos
pelos seus médicos perplexos ao atestar que seu paciente não precisa
mais de tarjas pretas.