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O Poder da Acao - Paulo Vieira

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O netinho então conduziu o jumento, segurando o arreio, enquanto o avô,

feliz e orgulhoso, montado no animal, o observava. De repente, um grupo de

pessoas que passava próximo disse:

– Que absurdo! O pobre do menino conduzindo o jumento e o velho

montado… Que coisa feia!

Constrangido porque estavam falando mal dele, o avô decidiu colocar o neto

sobre o jumentinho e conduzir ele mesmo o animal. Assim seguiu no caminho,

enquanto o netinho, montado no jumento, ficou feliz e orgulhoso de ver o avô

andando ao seu lado.

E ouviram outro grupo comentar:

– Que absurdo! Enquanto o menino vai montado no jumento, o pobre do

velho vai andando a pé…

Constrangido diante do que estavam pensando do neto, o avô. desceu do

jumento e acompanhou-o de mãos dadas. Os dois seguiam a pé.

Ao chegarem à cidade, outro grupo passou por eles, dizendo:

– Que absurdo! O velho e o menino andando e ninguém montado no

jumento. Há tanta gente precisando de um animal desses, deviam dar a quem

precisa.

O avô olhou para aquelas pessoas e, sem saber mais o que fazer, montou ele

e o menino no jumento, acreditando que enfim agradaria a todos. No entanto,

outras pessoas passaram por ele e disseram:

– Que absurdo! Duas pessoas montadas num jumento, assim vão acabar com

o lombo do pobre animal!

O avô percebe, então, que não importa o que seja feito, sempre haverá

alguém para falar mal dele.

Tenho desafiado as pessoas a manifestarem depressão fazendo esses

exercícios. Nunca vi alguém queixar-se de depressão e elogiar

amorosamente as pessoas a seu lado. Nunca ouvi pessoas depressivas

dizerem: “Eu sou grata pela sua vida, você faz diferença”. Nunca vi

pessoas bradarem alegria forte e intensamente e ainda assim se sentirem

derrotadas e desmotivadas. Talvez não seja nada fácil para quem está

em estado profundo de depressão mudar seu padrão de comunicação para

essa nova linguagem. Contudo, quer seja por determinação própria, por

ajuda de pessoas próximas, pela motivação e dinâmica de um seminário,

quer pelo auxílio de medicamentos, tenho visto pessoas conseguirem sair

dessa prisão. Tenho visto pessoas que vinham tomando remédios

controlados há mais de quinze anos terem seus medicamentos suspensos

pelos seus médicos perplexos ao atestar que seu paciente não precisa

mais de tarjas pretas.

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