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O Poder da Acao - Paulo Vieira

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LEI 6: NÃO JULGAR AS PESSOAS

Quando alguém nos ofende, a reação normal na maioria das pessoas

é se magoar e entender a ofensa como algo pessoal e direto. Quando

alguém nos fecha no trânsito, o mais comum é xingar, reclamar e até

fazer sinais imorais, agressivos e obscenos, entendendo a fechada como

algo proposital e pessoal, algo que o suposto barbeiro fez diretamente

contra você.

Essa maneira de levar a vida é muito pesada e nada produtiva. É

como dar força e poder a alguém que não deveria ter esse impacto

sobre sua vida. É deixar um desconhecido mandar em seus sentimentos e

suas emoções.

A pessoa autorresponsável não julga os outros, e sim o

comportamento deles. Seu diálogo interno é mais ou menos assim: “Que

barbeiragem aquela pessoa fez, podia até causar um acidente”. Já uma

pessoa com um nível baixo de autorresponsabilidade diria – ou melhor,

gritaria – assim: “Ei, seu irresponsável, tá querendo me matar? Seu

cretino, seu imbecil! Comprou a carteira onde?” E dali sairia

completamente irritada e zangada, tendo suas próximas horas

influenciadas de modo negativo por aquela pessoa que fez uma besteira

no trânsito. Se agredir verbalmente funcionasse, não teríamos mais

barbeiros no trânsito.

Observe como apenas mudar o foco já altera a maneira como você

processa a situação. Assim, em vez de julgar e condenar as pessoas ao

seu redor, tente compreender as atitudes delas, mesmo que não sejam as

melhores. A diferença no resultado é impressionante.

Dessa maneira, você pode compreender que pessoas que cometem

barbeiragens podem ser maravilhosas; que pessoas que nos magoam

podem se tornar nossos melhores aliados; que pessoas que não são tão

verdadeiras conosco podem virar nossos protetores. E se cada um de nós,

em vez de procurar erros e falhas nos outros, procurasse identificar em

que pode ser melhor, certamente o mundo também seria melhor, com

menos ofensa e com mais verdade.

Quando julgamos as pessoas, nunca nos posicionamos a favor, não

olhamos na mesma direção, criamos barreiras e não pontes, afastamento

e não aproximação. Quanto mais julgamentos e avaliações, mais o

julgador acredita estar certo da falha do outro e mais distante está de

ser o próprio juiz. Avalie as falas seguintes:

– João! Você faz tudo errado! Você errou de novo! Assim não dá!

Essa é a quarta vez que mostro seus erros! Quantas vezes eu já te falei

sobre isso?

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