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LEI 6: NÃO JULGAR AS PESSOAS
Quando alguém nos ofende, a reação normal na maioria das pessoas
é se magoar e entender a ofensa como algo pessoal e direto. Quando
alguém nos fecha no trânsito, o mais comum é xingar, reclamar e até
fazer sinais imorais, agressivos e obscenos, entendendo a fechada como
algo proposital e pessoal, algo que o suposto barbeiro fez diretamente
contra você.
Essa maneira de levar a vida é muito pesada e nada produtiva. É
como dar força e poder a alguém que não deveria ter esse impacto
sobre sua vida. É deixar um desconhecido mandar em seus sentimentos e
suas emoções.
A pessoa autorresponsável não julga os outros, e sim o
comportamento deles. Seu diálogo interno é mais ou menos assim: “Que
barbeiragem aquela pessoa fez, podia até causar um acidente”. Já uma
pessoa com um nível baixo de autorresponsabilidade diria – ou melhor,
gritaria – assim: “Ei, seu irresponsável, tá querendo me matar? Seu
cretino, seu imbecil! Comprou a carteira onde?” E dali sairia
completamente irritada e zangada, tendo suas próximas horas
influenciadas de modo negativo por aquela pessoa que fez uma besteira
no trânsito. Se agredir verbalmente funcionasse, não teríamos mais
barbeiros no trânsito.
Observe como apenas mudar o foco já altera a maneira como você
processa a situação. Assim, em vez de julgar e condenar as pessoas ao
seu redor, tente compreender as atitudes delas, mesmo que não sejam as
melhores. A diferença no resultado é impressionante.
Dessa maneira, você pode compreender que pessoas que cometem
barbeiragens podem ser maravilhosas; que pessoas que nos magoam
podem se tornar nossos melhores aliados; que pessoas que não são tão
verdadeiras conosco podem virar nossos protetores. E se cada um de nós,
em vez de procurar erros e falhas nos outros, procurasse identificar em
que pode ser melhor, certamente o mundo também seria melhor, com
menos ofensa e com mais verdade.
Quando julgamos as pessoas, nunca nos posicionamos a favor, não
olhamos na mesma direção, criamos barreiras e não pontes, afastamento
e não aproximação. Quanto mais julgamentos e avaliações, mais o
julgador acredita estar certo da falha do outro e mais distante está de
ser o próprio juiz. Avalie as falas seguintes:
– João! Você faz tudo errado! Você errou de novo! Assim não dá!
Essa é a quarta vez que mostro seus erros! Quantas vezes eu já te falei
sobre isso?