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Resultados secundários possíveis: problemas financeiros,
problemas emocionais, dificuldade nos relacionamentos,
problemas de saúde por causa do estresse etc.
Caso 3
O terceiro exemplo foi uma conversa que presenciei entre dois
professores no lançamento do livro de um amigo em comum. Um deles
olhou para o outro, que tinha um porte atlético mesmo aos 55 anos, e
disse em tom de brincadeira: “Você está bem, hein, Alberto?!”. E o
amigo respondeu: “Obrigado, Carlos, tenho me esforçado para isso”.
Carlos, que estava bem acima do peso, sem perder tempo muito menos
a piada completou em forma de brincadeira: “Essa minha superbarriga na
verdade é calo sexual de tanto fazer amor”. Os dois riram e a conversa
tomou outro rumo.
Quando brincamos com algo, fazemos com que esse tema não tenha
um peso maior, trazemos leveza e ausência de importância para ele em
nossa mente. Até aí tudo bem. A questão é quando o tema é relevante e
pede ação massiva e clara. O cérebro não distingue o que é real do que
é uma brincadeira inocente. Cada vez que aquele homem repete a
brincadeira do calo sexual, seu cérebro acredita que aquela barriga
desproporcional de fato é algo sem importância e que não oferece
nenhum ônus. Assim, não existe uma mobilização intelectual nem
emocional na busca de uma mudança de hábito ou de comportamento.
Na verdade, a história é que, apesar de acima do peso, a barriga
desproporcional daquele professor se devia ao fato de ele beber cerveja
em quantidades extraordinárias e, diferentemente do que preconizava em
sua brincadeira, não se devia a muitas noites de sexo.
Classificando essa historinha:
Categoria: brincadeira.
Comportamento: fechar os olhos para o problema tirando sua
importância e o foco daquele assunto.
Resultado primário: corpo disforme.
Resultados secundários possíveis: problemas de saúde, problemas
financeiros, dificuldade nos relacionamentos amorosos, baixa
autoestima, sentimento de inferioridade etc.
Em mais de 15 anos fazendo coaching e tabulando o estado atual de
cada um dos meus clientes e conhecendo seus comportamentos ficou
claro para mim que as historinhas eram o fundamento da incapacidade de
mudar atitudes, hábitos e até resultados. Percebi de forma empírica,