You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Dessa maneira, a pessoa continua a repetir os mesmos erros, sem, no
entanto, aprender com eles – afinal, se são os outros os responsáveis por
tudo isso estar assim, por que eu deveria mudar? Os outros que mudem!
Quer ver alguns exemplos típicos desse raciocínio?
Por que mudar se os políticos é que são corruptos?
Por que mudar se o problema é meu professor, que é ruim?
Por que mudar se o problema é minha esposa, que é crítica e
reclama de tudo?
Por que mudar se o problema é a minha equipe, que é
desmotivada e não corre atrás das vendas?
Por que mudar se o juiz de futebol é que é ladrão e meu
time sempre perde?
Enquanto você não abolir essas justificativas e desculpas intelectuais
de sua vida, nada vai mudar. Tenho visto muitos vendedores chegar de
uma venda – ou melhor, de uma tentativa de venda – reclamando,
criticando e culpando os clientes por seus resultados ruins: eles só querem
descontos impossíveis, prazos enormes etc.
Afinal, se são os clientes os culpados, por que esse vendedor deveria
mudar? Por que esse vendedor deveria usar novas técnicas? Por que se
capacitar mais, fazer novos treinamentos, se o problema e a culpa pelos
seus fracassos são dos outros?
Não busque culpados. Busque soluções e aliados, parceiros de uma
aprendizagem eterna.
Conheci um empresário que, desde o primeiro momento, demonstrou
a sua disfunção no comando da liderança de sua empresa. Lá, todos os
gerentes repetiam o comportamento agressivo e acusador apresentado por
ele. A atitude era a de sempre buscar culpados. A equipe comandada
estava o tempo todo tensa, nervosa e acabava reproduzindo o
comportamento dos seus líderes, afinal, todos sabiam que, se errassem,
seriam acusados, criticados, mas, principalmente, seriam vistos como
culpados. Na empresa, fazia-se o mínimo necessário, pois as pessoas não
queriam correr o risco de errar. Quando erros eram cometidos, dava-se
um jeito de ocultá-los pelo maior tempo possível, para que, quando as
falhas fossem descobertas, ninguém fosse responsabilizado e punido.
Quando um serviço não era bem-feito, por exemplo, o produto e a
ordem de serviço simplesmente desapareciam. A equipe não se
empenhava em fazer um bom trabalho ou aprender o máximo da sua
função, dedicava esforços apenas para se defender das culpas, que vinham
como pedras arremessadas sobre ela.