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O Poder da Acao - Paulo Vieira

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Dessa maneira, a pessoa continua a repetir os mesmos erros, sem, no

entanto, aprender com eles – afinal, se são os outros os responsáveis por

tudo isso estar assim, por que eu deveria mudar? Os outros que mudem!

Quer ver alguns exemplos típicos desse raciocínio?

Por que mudar se os políticos é que são corruptos?

Por que mudar se o problema é meu professor, que é ruim?

Por que mudar se o problema é minha esposa, que é crítica e

reclama de tudo?

Por que mudar se o problema é a minha equipe, que é

desmotivada e não corre atrás das vendas?

Por que mudar se o juiz de futebol é que é ladrão e meu

time sempre perde?

Enquanto você não abolir essas justificativas e desculpas intelectuais

de sua vida, nada vai mudar. Tenho visto muitos vendedores chegar de

uma venda – ou melhor, de uma tentativa de venda – reclamando,

criticando e culpando os clientes por seus resultados ruins: eles só querem

descontos impossíveis, prazos enormes etc.

Afinal, se são os clientes os culpados, por que esse vendedor deveria

mudar? Por que esse vendedor deveria usar novas técnicas? Por que se

capacitar mais, fazer novos treinamentos, se o problema e a culpa pelos

seus fracassos são dos outros?

Não busque culpados. Busque soluções e aliados, parceiros de uma

aprendizagem eterna.

Conheci um empresário que, desde o primeiro momento, demonstrou

a sua disfunção no comando da liderança de sua empresa. Lá, todos os

gerentes repetiam o comportamento agressivo e acusador apresentado por

ele. A atitude era a de sempre buscar culpados. A equipe comandada

estava o tempo todo tensa, nervosa e acabava reproduzindo o

comportamento dos seus líderes, afinal, todos sabiam que, se errassem,

seriam acusados, criticados, mas, principalmente, seriam vistos como

culpados. Na empresa, fazia-se o mínimo necessário, pois as pessoas não

queriam correr o risco de errar. Quando erros eram cometidos, dava-se

um jeito de ocultá-los pelo maior tempo possível, para que, quando as

falhas fossem descobertas, ninguém fosse responsabilizado e punido.

Quando um serviço não era bem-feito, por exemplo, o produto e a

ordem de serviço simplesmente desapareciam. A equipe não se

empenhava em fazer um bom trabalho ou aprender o máximo da sua

função, dedicava esforços apenas para se defender das culpas, que vinham

como pedras arremessadas sobre ela.

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