Estudo do polimorfismo do sistema sangüíneo Diego em

Introdução
polimorfismo é conhecido como banda 3-Memphis (YANNOUKAKOS et al, 1991;
JAROLIM et al, 1992). Outra variante da banda 3, conhecida como, banda 3-Memphis
II, apresenta, além de mobilidade eletroforética anormal, uma aumentada capacidade de
ligação ao inibidor do fluxo de ânions, deidrodiisotiocianatodisulfonato
(H2DIDS/DIDS). A variante II além de apresentar a troca Lys56-Glu, tem a
característica de estar associada ao antígeno Di a , ou seja, à presença da leucina na
posição 854 da proteína (SPRING et al, 1992; BRUCE et al, 1994). Baleotti e
colaboradores em 2003, descreveram um novo alelo caracterizado pela presença do
alelo DI A na ausência da banda Memphis. O aminoácido lisina nas posições 539 e 851
são os sítios responsáveis pela ligação covalente de H2DIDS (figura 2). O polimorfismo
Di a /Di b , localizado na posição 854, encontra-se próximo à lisina 851, fato este
responsável pela alteração conformacional entre as lisinas 539 e 851 modificando a
estrutura que se liga ao H2DIDS e, assim, a aumentando a susceptibilidade da lisina 539
à ligação covalente ao H2DIDS (BRUCE et al, 1994).
3.4- O Sistema Sangüíneo Diego
O anticorpo anti-Di a foi relatado pela primeira vez por Layrisse e colaboradores
em 1955 (LAYRISSE aput ISSIT, 1998). Foi encontrado no soro de uma gestante
venezuelana, senhora Diego, o qual havia sido implicado em doença hemolítica
perinatal (DHPN) fatal. Este anticorpo encontra-se relacionado à DHPN assim como à
reação transfusional imediata (DANIELS GL, 1995). Apesar da família da paciente
venezuelana ser constituída, aparentemente, por caucasianos, alguns membros
apresentavam traços indígenas, caracterizando miscigenação racial. Diante desta
informação iniciou-se a procura deste antígeno na população indígena. O Di a é um
antígeno de baixa incidência em caucasianos, sendo sua prevalência mais elevada em
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