Estudo do polimorfismo do sistema sangüíneo Diego em

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Discussão obedecerem aos dois critérios pré-estabelecidos, ausência de parentesco e de mistura étnica nas 2 gerações anteriores, a mistura racial pode ter ocorrido em gerações pregressas, fato comum na população brasileira, o que justificaria tal achado. Outra possível explicação para o achado é que o número pequeno de indivíduos estudados pode não ser representativo em termos populacionais. Dentre os indivíduos da raça asiática, apenas um de 48, apresentou o alelo DI A em heterozigose, totalizando uma porcentagem genotípica (DI A/DI B) de 2,1%. Dados da literatura relatam uma ocorrência superior: 6 vezes maior na Região de Marília (São Paulo), 12,7% (BALEOTTI, 2002) e 3 vezes maior na região do Rio de Janeiro 6,3% (CERQUEIRA et al, 1968) (tabela 21). Porém, quando comparados os estudos de Baleoltti e Cerqueira com o presente estudo, utilizando-se o teste Exato de Fisher, não houve diferença estatística (p:0,05 e p:0,48, respectivamente). Tabela 21: Porcentagens do fenótipo Di (a+)/genótipo DI A em asiáticos. N N. Fenótipo Di (a+) genótipo DI A Porcentagem fenotípica Presente estudo 48 1 2,1% Baleotti, 2002 71 9 12,7% Cerqueira et al, 1968 207 13 6,3% Baleotti encontrou uma ocorrência do alelo DI A de 7% enquanto no presente estudo sua porcentagem entre asiáticos foi de 1%. A ocorrência do fenótipo Di (a+) em asiáticos no presente estudo encontra-se em acordo com o relatado na literatura, já que o alelo DI A é considerado um marcador antropológico para a raça asiática (ISSIT & ANSTEE, 1998). Sua freqüência somente é inferior à da população indígena. Nenhum, dos 13 indivíduos negros, apresentou o referido alelo. A porcentagem deste fenótipo neste grupo étnico é sabidamente baixa, como foi descrito por Baleotti 73
Discussão em 2002 (1,2%) (tabela 22). Aplicando-se o teste Exato de Fisher encontramos um p>0,05. Tabela 22: Porcentagens do fenótipo Di (a+)/genótipo DI A em negros N N fenótipo Di (a+) genótipo DI A Porcentagem fenotípica Presente estudo 14 0 0% Baleotti, 2002 84 1 1,2% Segundo Poole, a incidência do fenótipo Di (a+) é inferior a 0,1%, se considerarmos as populações de negros e brancos juntamente. Diante das referências supracitadas, nosso resultado encontra-se de acordo com a literatura. Até o presente momento, haviam sido estudas, do ponto de vista fenotípico, as tribos brasileiras Xavante (NEAL aput BALEOTTI, 2002), Kaingangue (JUNQUEIRA et al, 1956) e Parakanã (BALEOTTI, 2002). O último autor comparou os resultados sorológicos (fenotipagem) e moleculares (genotipagem) por técnica de PCR-RFLP chegando à conclusão de que são concordantes em 100% dos casos quanto à presença do antígeno Di a e do alelo DI A, respectivamente. Estes estudos mostraram uma incidência variada do fenótipo Di (a+) entre as diferentes tribos. A tribo Parakanã (75,7%) apresenta uma porcentagem 1,6 vezes maior que a tribo Kaiangangues (45,8%), segunda mais prevalente (BALEOTTI, 2002; JUNQUEIRA, 1956). A tribo Xavante foi a de menor prevalência deste fenótipo (30,7%) (NEAL aput BALEOTTI, 2002).Quando comparadas as 3 tribos encontramos diferença estatística (Teste 2 p
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