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Democracia y ciuDaDanía - Political Database of the Americas

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Cláudio Chaves Beato Filho, Andréa Maria Silveira,Karina Rabelo Leite, & Elenice de Souzaentre pessoas conhecidas, que nasceram e cresceram a pouca distância,cuja vítima é uma, mas poderia ter sido outra conforme as circunstâncias.Neste sentido, é equivocado referir-se ao fenômeno da explosão da criminalidadeem grandes centros urbanos. Mais correto seria falar de umaimplosão, pois ela ocorre no interior de comunidades específicas onde vítimase agressores são originários e coabitam o mesmo espaço.Levantamento de dados qualitativos efetuados pelo Núcleo paraJovens da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte ouviuas queixas dos jovens atendidos pelo programa e dos técnicos em cadaum destes locais. Comuns a todas as favelas violentas são reclamaçõesrelacionadas à morte de parentes, invasões pelo tráfico local, e o envolvimentode jovens com as gangues e o tráfico. No caso do Morro dasPedras, o porte ostensivo das armas de fogo pelo tráfico local foi destacado.Nestes aglomerados, as reminiscências de morte violenta são muitocomuns entre os moradores. Segundo dados da pesquisa de vitimizaçãorealizada pelo CRISP em 2002, quase um terço da população nesteslocais teve parente, amigo ou vizinho vítima de homicídios. Isto torna amorte violenta de pessoas próximas um elemento comum aos moradoresdestas comunidades, contribuindo para uma banalização da violência eda morte.Tendo em vista este cenário foi então proposta a implementação deum programa abrangente e comunitário inspirado em experiências bemsucedidas empreendidas em outros países (Kennedy et al, 2001; Braga &Winship, 2005; Sherman, 1997). Abrangente no sentido de buscar concomitantementeredução dos fatores de risco e fortalecimento dos fatoresde proteção que operam no nível da escola, da família, do grupo, de pares,na comunidade etc. (Mesquita, 2004; O’Block et al, 1991; Catalano etal, 1999). Comunitário por valorizar e estimular a participação da comunidadena elaboração da proposta de intervenção, na operacionalizaçãoe gestão do modelo e na sua avaliação. Programas desta natureza têm setornado comum em países como Inglaterra, Estados Unidos, Austráliapor vários motivos, dentre os quais, segundo Rosenbaum (2002), podemosdestacar os seguintes:1. Dadas as múltiplas causas do crime, argumenta-se a necessidade daadoção de abordagens que o enfrentem a partir de ângulos distintose com múltiplas estratégias. As parcerias são superiores neste sentidoao facilitarem o aporte de habilidades e recursos distintos, mas| 60 |

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