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RELATÓRIO DE GESTÃO - Unisul

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Os últimos dez anos foram o palco de modificações<br />

drásticas na educação superior. Em 2000, apenas 4%<br />

da população brasileira de 18 a 24 anos estavam matriculados<br />

no ensino superior, num total de 2,7 milhões de<br />

matrículas. Hoje, o País possui 4,9 milhões de universitários<br />

e o percentual de jovens de 18 a 24 anos no<br />

ensino superior é 12%.<br />

No período entre 2000 e 2007, o número de alunos<br />

no ensino superior no Brasil aumentou 81,1%, crescendo<br />

a uma taxa média de 9% ao ano. A partir de 2005,<br />

no entanto, o quadro se reverte e tem início uma brusca<br />

desaceleração, provocada, dentre outros fatores, pelo esgotamento<br />

da demanda reprimida das classes de maior<br />

poder aquisitivo, pela diluição da demanda provocada<br />

pelo aumento da ofertade vagas superior a de ingressantes,<br />

e da insuficiência de crédito e financiamento<br />

estudantil para as classes de menor poder aquisitivo.<br />

No último ano, refletindo a desaceleração do setor, a<br />

taxa de crescimento do ensino superior no Brasil foi de<br />

apenas 4,4%.<br />

De 2000 a 2007, de acordo com os dados oficiais e<br />

mais recentes da educação superior reunidos no Censo<br />

da Educação Superior 2008, publicação do Instituto Nacional<br />

de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira<br />

- INEP, órgão vinculado ao Ministério da Educação,<br />

mais de 1.101 novas instituições de ensino superior<br />

foram criadas no Brasil - a grande maioria privadas -<br />

quase o dobro do número de instituições existentes em<br />

2000. A oferta de vagas, nesse mesmo período, saltou<br />

de pouco mais de 1,2 milhão em 2000, para cerca de 2,9<br />

milhões em 2009 - um crescimento de mais de 130%.<br />

O ritmo de expansão da oferta, entretanto, não foi<br />

acompanhado pela expansão da demanda no ensino<br />

superior. Enquanto a demanda de ingressantes cresceu<br />

65% no período 2000 a 2007, a oferta de vagas, como<br />

visto anteriormente, aumentou mais de 130%, configurando<br />

uma situação de excesso de oferta e consequente<br />

diluição da demanda – uma guinada de 180 graus em<br />

relação ao que se observava em 2000.<br />

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O 2 0 0 1 - 2 0 0 9<br />

Como conseqüência direta da diluição da demanda,<br />

a ociosidade do setor também aumentou consideravelmente<br />

nesse período. Em 2007, 47,5% das vagas<br />

oferecidas no Brasil permaneceram ociosas.<br />

A situação em Santa Catarina não foi diferente da<br />

que se observou no País inteiro. Sob alguns aspectos, a<br />

inversão da tendência no Estado se mostrou ainda mais<br />

acentuada.<br />

De 2000 a 2006, as matrículas cresceram 70%,<br />

saltando de 118 mil em 2000, para 202 mil em 2006.<br />

No entanto, apesar da expansão, já a partir dos primeiros<br />

anos da década de 2000, o ritmo de crescimento das<br />

matrículas passou a se desacelerar fortemente. Em 2007,<br />

o número de alunos em Santa Catarina caiu -0,1%.<br />

A queda do número de alunos no Estado se deveu,<br />

principalmente, ao gradativo esgotamento da demanda<br />

reprimida, ao aumento da concorrência e à consequente<br />

diluição da demanda, provocada pela expansão da<br />

oferta superior ao da demanda.<br />

O número de ingressantes caiu -0,8% em 2006 e -5,0%<br />

em 2007.<br />

Por outro lado, com o aumento do número de<br />

instituições, a concorrência se intensificou fortemente<br />

no Estado. 64 novas instituições foram criadas em Santa<br />

Catarina de 2000 a 2007, 60 delas particulares. Não<br />

obstante, com o aumento do número de instituições, a<br />

oferta de cursos e de vagas também cresceu significativamente.<br />

De 2000 a 2007, a oferta de vagas mais do que<br />

dobrou, saltando de 45 mil para 94 mil.<br />

O crescimento da oferta superior ao da demanda<br />

produziu em SC os mesmos efeitos sentidos no Brasil.<br />

Consequentemente, a ociosidade das vagas em Santa<br />

Catarina, que era de apenas 12,7% em 2000, pulou para<br />

35,5% em 2007. Nas instituições não-estatais, incluindo<br />

a <strong>Unisul</strong>, a ociosidade é ainda maior: 38,5% das vagas<br />

permaneceram ociosas em 2007.<br />

Outra consequência da diluição da demanda foi<br />

a redução drástica do índice candidato-vaga. Enquanto<br />

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