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Revista Sinais Sociais N12 pdf - Sesc

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5 CONCLUSÃO<br />

Este artigo teve como objetivo analisar a evolução recente da taxa<br />

de desemprego padrão no Brasil metropolitano, assim como de duas<br />

novas formas de defi nição desse indicador. A primeira inclui os indiví -<br />

duos classifi cados como marginalmente ativos, ou seja, pessoas que estão<br />

disponíveis para trabalhar, mas na semana de referência não buscaram<br />

ativamente emprego, e a segunda inclui os trabalhadores subocupados<br />

por insufi ciência de horas trabalhadas, pessoas consideradas ocupadas<br />

na semana de referência, mas que estavam disponíveis para trabalhar<br />

mais horas que as efetivamente trabalhadas.<br />

Para a análise empírica, foram utilizados os microdados da Pesquisa<br />

Mensal de Emprego do IBGE, durante o período de 2003 a 2009. Fezse<br />

o cálculo de cada uma das três taxas de desemprego e também de<br />

uma taxa total, tanto em termos agregados, quanto segundo o gênero,<br />

a idade e a escolaridade dos indivíduos.<br />

Os resultados mostram que a proporção de desempregados em termos<br />

agregados seria cerca de duas vezes maior se fossem incluídos os<br />

marginalmente ativos e os subocupados por insufi ciência de horas.<br />

Além disso, as reduções da taxa de desemprego padrão observadas<br />

ao longo do tempo são acompanhadas de quedas na proporção de<br />

marginalmente ativos e na de subocupados por insufi ciência de horas<br />

trabalhadas.<br />

As variações da desocupação por gênero também exibem resultados<br />

interessantes. Todos os conceitos de taxa de desemprego adotados<br />

tendem a cair com o tempo. Tanto homens quanto mulheres<br />

apresentam uma proporção de marginalmente ativos muito próxima<br />

a de subocupados por insufi ciência de horas trabalhadas. Entretanto,<br />

os valores das taxas de desemprego femininas superam em muito as<br />

masculinas.<br />

Ao retratar as faixas etárias, nota-se que os grupos mais jovens são<br />

os mais afetados pelas altas taxas de desemprego, assim como por<br />

uma maior incidência de pessoas inativas com desejo por trabalho<br />

e de pessoas insatisfeitas com o número de horas trabalhadas. Já os<br />

grupos mais velhos tendem a apresentar taxas mais estáveis e valores<br />

em magnitudes menores. Todavia, o que mais se destaca nessa decomposição<br />

por idade é que, para os grupos acima de 24 anos, estar<br />

118 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.4 nº12 | p. 90-121 | JANEIRO > ABRIL 2010

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