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Revista Sinais Sociais N12 pdf - Sesc

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subocupado é um “problema” relativamente mais frequente do que<br />

ser marginalmente ativo, algo que difere das faixas etárias jovens, em<br />

que este último grupo tem predominância.<br />

Já os resultados para as taxas de desemprego segundo a faixa educacional<br />

apresentam um comportamento em formato de “U” invertido,<br />

independentemente da defi nição utilizada de desemprego, ou seja, o<br />

grupo menos escolarizado e o mais escolarizado exibem taxas inferiores<br />

às resultantes do grupo com instrução intermediária. Além disso,<br />

os indivíduos com até 3 anos de estudos têm uma chance maior de<br />

estarem insatisfeitos com o número de horas trabalhadas do que de<br />

se considerarem desalentados. Essa situação se inverte para as pessoas<br />

com instrução de 8 a 10 anos. O grupo com educação de 4 a 7 anos<br />

e aqueles com 11 anos ou mais de estudo apresentam proporções<br />

semelhantes entre marginalmente ativos e subocupados por insufi -<br />

ciência de horas trabalhadas.<br />

Por fi m, é importante conjeturar sobre dois dos pontos encontrados,<br />

ou seja, o predomínio dos marginalmente ativos nos grupos<br />

jovens e também nos grupos mais escolarizados, perante a superioridade<br />

dos subocupados por insufi ciência de horas trabalhadas<br />

entre os indivíduos mais velhos e os menos educados. Uma possível<br />

explicação para esse primeiro ponto está no fato de que pessoas<br />

mais escolarizadas tendem a apresentar salários de reserva mais altos<br />

e, assim, se encaixar no grupo dos marginalmente ativos por achar<br />

que o salário de mercado não refl ete sua produtividade. Por outro<br />

lado, o grupo mais jovem deve se deparar com um problema de informação,<br />

na medida em que a ausência de experiência no mercado<br />

de trabalho faria com que os salários oferecidos pelos empregadores<br />

fossem mais baixos e não necessariamente refl etissem a produtividade<br />

desses entrantes.<br />

Com relação aos dois grupos onde a subocupação por insufi ciência<br />

de horas é mais forte, indagar sobre as possíveis explicações para tal<br />

fato é mais complicado devido à subjetividade da pergunta. Todavia,<br />

existe a possibilidade de estar ocorrendo uma insufi ciência de demanda<br />

por trabalhadores mais velhos e por trabalhadores menos escolarizados,<br />

grupos de grande vulnerabilidade.<br />

Logo, é importante considerar essas novas defi nições de desemprego<br />

na medida em que ampliam a refl exão sobre o desenvol-<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.4 nº12 | p. 90-121 | JANEIRO > ABRIL 2010<br />

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