Revista Sinais Sociais N12 pdf - Sesc
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( )<br />
100-Subnutrição<br />
2) Subnutrição: 0,82 = 0,36 Subnutrição = 31<br />
Subnutrição<br />
O que esse exercício mostrou é que, no Iêmen, o impacto de aumentar<br />
o gasto com saúde per capita em 1% e direcionar todo esse investimento,<br />
ora para combater o nanismo ora para combater a subnutrição,<br />
no que se refere a essa amostra, seria uma queda de 58 para 30 na<br />
proporção de crianças menores que cinco anos com nanismo ou uma<br />
queda no indicador de 41 para 31 quando a variável é a subnutrição.<br />
O mesmo exercício pode ser realizado para o país que apresentou o<br />
pior desempenho, em termos de efi ciência relativa, na fronteira gerada<br />
utilizando o gasto per capita como o custo: República Checa. Para<br />
o caso do investimento direcionado ao nanismo, 1% de gasto per capita<br />
a mais levaria a proporção de crianças com menos de 5 anos com<br />
nanismo de 2,6% para 2,3%. Já no caso da subnutrição, a variação<br />
observada seria de 2,1% para 2,4%. A princípio pode parecer completamente<br />
contraintuitivo, e até absurdo, que houvesse um aumento<br />
na proporção de crianças subnutridas na República Checa na hipótese<br />
do incremento de 1% no gasto com saúde. A primeira precaução que<br />
deve ser tomada para avaliar as fronteiras geradas nesse trabalho e,<br />
em especial, os exercícios de simulação é o fato de que todos os resultados<br />
apresentam um caráter relativo, ou seja, esses resultados mostram<br />
o desempenho dos países quando comparados aos outros países<br />
da amostra, e não seu desempenho absoluto. Esse caráter relativo se<br />
estende aos indicadores e à amostra selecionada, tornando esses resultados<br />
completamente dependentes do modelo estimado. O outro<br />
ponto refere-se aos, já citados, retornos de escala. A sensibilidade dos<br />
investimentos em desenvolvimento infantil é, notoriamente, maior nos<br />
países com desempenho relativo melhor e indicadores individuais piores.<br />
O que, em grande medida, atesta a hipótese de que os retornos<br />
de escala são decrescentes nos investimentos em saúde 27 .<br />
Uma outra forma de ratifi car a ideia, tanto da sensibilidade dos indicadores<br />
a investimentos quanto dos retornos de escala, é aumentar<br />
a variação no gasto com saúde per capita e estimar esse efeito. Para<br />
o caso da República Checa, que está sendo avaliada, observa-se que,<br />
27 Os resultados dos exercícios de simulação para os indicadores de nanismo<br />
e subnutrição para todos os países estão disponíveis com a autora.<br />
178 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.4 nº12 | p. 148-183 | JANEIRO > ABRIL 2010