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Revista Sinais Sociais N12 pdf - Sesc

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1 INTRODUÇÃO<br />

A taxa de desemprego e a taxa de atividade são dois dos indicadores<br />

sobre o mercado de trabalho mais utilizados na análise econômica. A<br />

grande importância dada a tais taxas está vinculada as suas implicações<br />

para o desenvolvimento econômico e, consequentemente, para<br />

a defi nição de políticas públicas. Com isso, uma questão central das<br />

agências de estatística de todo o mundo se refere à delimitação do<br />

conceito de desemprego.<br />

A maior parte dos países, incluindo o Brasil, distingue os desocupados<br />

dos outros não ocupados com base no critério de procura por<br />

trabalho. O esforço de busca é visto como fator revelador de uma forte<br />

proximidade dos indivíduos com o mercado de trabalho. No entanto,<br />

esse critério não permite realçar as diferenças existentes dentro de<br />

cada grupo, principalmente no grupo dos inativos.<br />

Embora a defi nição básica de desemprego envolva a busca por trabalho,<br />

há pessoas que estão disponíveis para trabalhar, mas na semana<br />

de referência não buscaram ativamente emprego. Do mesmo modo,<br />

existem pessoas que são consideradas ocupadas na semana de referência,<br />

porém gostariam e estão disponíveis para trabalhar mais horas que<br />

as efetivamente trabalhadas. Estas pessoas são classifi cadas, de acordo<br />

com a nova Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, como desempregadas<br />

“marginalmente ligadas à população economicamente<br />

ativa (PEA)”, ou marginalmente ativas, no primeiro caso, e como subocupadas<br />

por insufi ciência de horas trabalhadas, no segundo.<br />

Há uma grande polêmica na literatura sobre como classifi car esses<br />

dois tipos de trabalhadores 1 . No caso dos marginalmente ativos, questiona-se<br />

se eles se aproximam daqueles considerados inativos (aqueles<br />

que não trabalham nem buscaram ativamente trabalho) ou daqueles<br />

desocupados (aqueles que não trabalham e buscaram ativamente trabalho).<br />

Já no caso dos subocupados, procura-se verifi car se realmente<br />

podem ser classifi cados como ocupados, dada sua instabilidade nessa<br />

posição.<br />

Dessa forma, o artigo tem como objetivo apresentar um panorama<br />

evolutivo do conceito padrão de taxa de desemprego, assim como de<br />

1 Ver Byrne, Strobol (2004); Jones, Riddell (1999); e Görg, Strobol (2001).<br />

92 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.4 nº12 | p. 90-121 | JANEIRO > ABRIL 2010

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