Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte
Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte
Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
102 <strong>Práticas</strong> <strong>Corporais</strong> Trilhan<strong>do</strong> e compar(trilhan<strong>do</strong>) as ações em Educação Física<br />
futuro de ambas é interdependente; outro aluno situa-se na mesma direção ao<br />
dizer que “é preciso preservar para o futuro” (Caíque, 13).<br />
FINALLE<br />
Pesquisar a relação ser humano-Natureza nas práticas corporais de<br />
aventura confirmou as teses iniciais de que estas práticas são vistas e compreendidas<br />
a partir da lógica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, confirman<strong>do</strong> a visão reducionista<br />
que as constituem; esclarecen<strong>do</strong> também que estas práticas que poderiam<br />
elucidar o ser humano sobre sua condição de Natureza são limitadas pelo viés<br />
racionalista pelo qual são estruturadas e desenvolvidas.<br />
Porém, os da<strong>do</strong>s analisa<strong>do</strong>s trouxeram indicativos positivos no que se<br />
refere à possibilidade de re-significação das mesmas quan<strong>do</strong> da restituição de<br />
seu potencial emancipa<strong>do</strong>r, o que nos dá condições de apontar as práticas de<br />
aventura na Natureza, quan<strong>do</strong> constituídas sobre uma outra lógica, como um<br />
caminho possível para o reconhecimento <strong>do</strong> ser humano como Natureza,<br />
bem como, de uma possibilidade <strong>do</strong> desenvolvimento de uma conduta ética<br />
frente à Natureza e aos outros seres humanos.<br />
A meto<strong>do</strong>logia utilizada nesta pesquisa mostrou-se eficaz para a intervenção<br />
na realidade, pois contribuiu para projetar transformações no mo<strong>do</strong> de<br />
agir e de pensar da população pesquisada. A intervenção proporcionou condições<br />
para problematizar uma outra relação com a Natureza, já que houve<br />
vivências e reflexões que fizeram emergir as (ir)reais dimensões humanas<br />
frente à Natureza, ainda que nem todas fossem realmente sentidas e internalizadas<br />
pelos alunos-pesquisa<strong>do</strong>s. É preciso, contu<strong>do</strong>, lembrar que, algumas<br />
das ações desta meto<strong>do</strong>logia (pesquisa-ação), não foram possíveis por diversos<br />
motivos.<br />
O da<strong>do</strong> mais evidente nesta pesquisa foi a mudança nas relações sociais<br />
<strong>do</strong>s alunos-pesquisa<strong>do</strong>s, onde os preconceitos e diferenças no grupo foram<br />
sen<strong>do</strong> desconstruí<strong>do</strong>s, porque o convívio proporciona<strong>do</strong> pelas PA’s contribuiu<br />
para a formação de um grupo de amigos, que por suas próprias falas gostariam<br />
que se perpetuasse; isto foi possível porque durante as práticas constituiu-se<br />
um grupo com interesses homogêneos, que se respeitava mutuamente.<br />
Quanto à compreensão de ser humano e Natureza, os alunos-