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Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte

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42 <strong>Práticas</strong> <strong>Corporais</strong> Trilhan<strong>do</strong> e compar(trilhan<strong>do</strong>) as ações em Educação Física<br />

devemos responder às nossas responsabilidades sociais na condição de recém<strong>do</strong>utores,<br />

em um país com carência de recursos humanos dessa natureza e<br />

com tantas desigualdades sociais? Por um la<strong>do</strong>, estabelecemos dar atenção a<br />

todas as demandas, assumin<strong>do</strong> uma responsabilidade pessoal e compulsória<br />

de “solucionar” problemas de ordem institucional e, à vezes, com impactos<br />

negativos em nossas vidas pessoais e profissionais. Por outro, tínhamos uma<br />

atitude serena de fazer o possível, sem sacrificar os projetos profissionais e<br />

pessoais, mas, sobre essa posição, sobrevinha o temor de cair em uma atitude<br />

cínica em relação a esse conjunto de demandas.<br />

Tanto para o(a) recém-<strong>do</strong>utor(a) quanto para os investiga<strong>do</strong>res experimenta<strong>do</strong>s,<br />

ministrar aulas para estudantes de formação inicial (licenciatura<br />

ou graduação) é uma obrigação institucional, mas o trabalho no âmbito da<br />

pós-graduação é um projeto acadêmico pessoal que demanda vontade política<br />

de fazê-lo, oportunidades institucionais e organização por parte <strong>do</strong>(a) professor(a)<br />

pesquisa<strong>do</strong>r(a). Por questões epistemológicas que se traduzem em<br />

questões de poder político, participar <strong>do</strong> Sistema Nacional de Pós-Graduação<br />

através <strong>do</strong> campo de conhecimento Educação Física não é uma tarefa simples<br />

e tranqüila. Efetiva-se em um contexto carrega<strong>do</strong> de conflitos, vaidades e uma<br />

grande competição por pretensões sobre os critérios de verdade emprega<strong>do</strong>s<br />

na hora de avaliar os trabalhos de pesquisa realiza<strong>do</strong>s pelos pares e a qualidade<br />

da formação oferecida aos estudantes 13 .<br />

No caso da Educação Física, este fato é especialmente grave por se tratar<br />

de uma comunidade investiga<strong>do</strong>ra composta por um círculo que ainda<br />

pode ser considera<strong>do</strong> pequeno em número de participantes. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

trabalhar sozinho(a) em projetos de pesquisa implica poucas oportunidades<br />

de êxito para o(a) investiga<strong>do</strong>r(a) em seu projeto acadêmico. Trabalhar sozinho<br />

significa correr o risco de tornar-se, logo, uma vítima ou um preda<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

sistema ao qual estamos nos referin<strong>do</strong>. A saída pela qual optamos foi a de trabalharmos<br />

articula<strong>do</strong>s em um grupo de pesquisa. Outra saída interessante,<br />

que, em nosso caso, ainda não conseguimos consolidar, é a de trabalhar em<br />

uma rede composta por distintas comunidades investiga<strong>do</strong>ras. Deste assunto<br />

trataremos na próxima seção.<br />

13 Ver artigos de Tani (2000); Kokubum (2003); e Betti, Carvalho, Daolio e Pires (2004).

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