Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte
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são alguns exemplos de autores e obras que estão fazen<strong>do</strong> com que a comunidade<br />
investiga<strong>do</strong>ra da Educação Física tome contato com novas formas de<br />
racionalidade e aban<strong>do</strong>ne a certeza simplifica<strong>do</strong>ra. Por outro la<strong>do</strong>, fizemos as<br />
tarefas típicas que um(a) investiga<strong>do</strong>r(a) normal e coerente tem que fazer:<br />
organizar e desenvolver projetos de pesquisa; realizar orientação científica;<br />
publicar os resulta<strong>do</strong>s das investigações e, sobretu<strong>do</strong>, uma vez que fazemos<br />
investigação educativa, dar aulas, pois as aulas ainda são os melhores laboratórios<br />
para as investigações educativas. O trabalho em grupo de pesquisa foi<br />
como um acelera<strong>do</strong>r, pois nos possibilitou especializar logo nosso mo<strong>do</strong> de<br />
investigar, além de dar circulação à nossa produção científica e às nossas<br />
experiências, projetos e idéias.<br />
7. CONSIDERAÇÕES TRANSITÓRIAS<br />
A construção narrativa como instrumento meto<strong>do</strong>lógico de formação 55<br />
A sensação que fica ao finalizar este texto é que faltou dizer algo, que<br />
o texto ficou incompleto. Quem sabe nos esquecemos de aspectos que para<br />
nós não são significativos. A experiência narrativa tem essa característica, possibilita<br />
que os sujeitos reconstruam sua experiência dan<strong>do</strong> uma seqüência a<br />
fatos que, no contexto social, estão desconecta<strong>do</strong>s ou circulam em desordem<br />
ou em seqüência não-linear. Nesse senti<strong>do</strong>, a história oral tem revela<strong>do</strong> os fatos<br />
com detalhes diferentes <strong>do</strong>s fatos da história oficial. Certamente, fossem<br />
outros os narra<strong>do</strong>res, outros fatos teriam mais relevância na história que<br />
explicitamos.<br />
Algumas vezes, pensamos em deixar de la<strong>do</strong> esse trabalho de investigar,<br />
formar novos investiga<strong>do</strong>res, sistematizar e publicar em um campo de<br />
conhecimento onde há muitas disputas irrelevantes e nos dedicar a outros<br />
ambientes de interesse pessoal. Por que permanecemos? Porque para nós investigar<br />
não é uma prática burocrática. Para nós, a atividade de pesquisa tem<br />
senti<strong>do</strong> porque queremos melhorar a escola, porque acreditamos nos professores<br />
e no ensino como possibilidade de fazer e organizar outras formas de<br />
produzir e reproduzir a vida em comum. Algo que está nos levan<strong>do</strong> a continuar<br />
é a idéia de que compartilhar significa<strong>do</strong>s independe <strong>do</strong> conhecimento,<br />
formação ou contexto de trabalho: depende mais da sensibilidade ética, estética<br />
e de justiça (qualidades que as pessoas podem aprender da e na experiên-