17.04.2013 Views

Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte

Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte

Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

40 <strong>Práticas</strong> <strong>Corporais</strong> Trilhan<strong>do</strong> e compar(trilhan<strong>do</strong>) as ações em Educação Física<br />

tucionais nos vincularíamos, na condição de recém-<strong>do</strong>utores. Outro processo<br />

que vivenciamos foi o <strong>do</strong> tensionamento ante a qualidade e, sobretu<strong>do</strong>, a<br />

quantidade das produções acadêmicas, muitas vezes velada, através de atos de<br />

algumas instâncias institucionais e pelas ações geradas nos processos das micropolíticas<br />

12 de poder que já estão organizadas e que controlam os espaços<br />

acadêmicos (ensino, extensão e pesquisa). Tensões que, cada vez com mais<br />

intensidade, povoam as universidades, as quais, por sua vez, vêm se constituin<strong>do</strong><br />

em ambientes altamente competitivos, nos quais a figura <strong>do</strong> professor<br />

empreende<strong>do</strong>r é altamente valorizada. Conforme assinala criticamente<br />

Richard Sennett (2003), mais valor tem o que mais recursos externos captar<br />

para o financiamento de suas atividades na universidade.<br />

O fato de havermos trabalha<strong>do</strong> fora da lógica da política institucional<br />

da Universidade em geral, muito nos custou. O preço que pagamos foi o das<br />

inúmeras desqualificações de nossas produções acadêmicas, materializadas<br />

pelo fechamento de portas para publicações e para circulação de resulta<strong>do</strong>s de<br />

investigações em congressos ou outros eventos científicos regionais e nacionais.<br />

3. CENÁRIOS DA RE-INSERÇÃO DE UM(A)<br />

RECÉM-DOUTOR(A) NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO<br />

Não há regras nem procedimentos fixos ou homogêneos para a reinserção<br />

de um(a) recém-<strong>do</strong>utor(a) em sua comunidade acadêmica. O<br />

retorno de um(a) professor(a) a seu posto de trabalho, após seu <strong>do</strong>utoramento,<br />

não acontece de igual maneira em to<strong>do</strong>s os lugares. Os contextos aos quais<br />

está vincula<strong>do</strong> têm suas próprias características que necessariamente têm que<br />

ser consideradas. Também há procedimentos típicos que induzem esses professores(as)<br />

a enfrentar certas regularidades de características ambivalentes.<br />

As expectativas das instituições universitárias em relação aos professores<br />

(as) recém-<strong>do</strong>utores (as) forma<strong>do</strong>s no exterior, de regresso ao país, são as<br />

de se envolverem com o ensino universitário, que se integrem aos programas<br />

12 A noção de micropolítica que aqui utilizamos é a que desenvolve Stephen Ball na obra denominada La<br />

micropolítica de la escuela: hacia uma teoria de la organización escolar. Barcelona, Paidós, 1989.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!