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Práticas Corporais - Volume 2 - Ministério do Esporte

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Travessuras e artes na natureza: movimentos de uma sinfonia 103<br />

pesquisa<strong>do</strong>s parecem manter, no geral, a mesma compreensão <strong>do</strong> início das<br />

atividades, refletida nas suas falas (entrevista) e em seu comportamento em<br />

relação aos cuida<strong>do</strong>s e a preservação. Contrária à manutenção desta visão<br />

encontrou-se em algumas falas uma ambigüidade que sugere um possível<br />

rompimento com uma compreensão dualista e reducionista de ser humano-<br />

Natureza, que só com a continuidade <strong>do</strong> Subprojeto ou com outras experiências<br />

poderíamos determinar ou não se estes sujeitos assumiriam uma outra<br />

postura frente à relação ser humano-Natureza.<br />

As PA’s são certamente passíveis de re-significação para o exercício de<br />

uma outra relação ser humano-Natureza, no entanto, outra consideração importante<br />

diz respeito à re-significação destas práticas não apenas pelos sujeitos<br />

pesquisa<strong>do</strong>res, instrutores de opera<strong>do</strong>ras, professores em geral, que são alicerces<br />

importantes para a efetivação destas sobre uma outra lógica, mas, necessariamente,<br />

pelos sujeitos que experimentam esta prática. Sob uma outra lógica,<br />

sob outros princípios, as pessoas que têm acesso às PA’s têm liberdade de<br />

agir e de pensar frente ao exercício da mesma, numa restituição ao direito<br />

daquilo que chamamos de consciência crítica. Exemplos desta re-significação<br />

se deram ao longo de toda a pesquisa, especialmente com a criação de brincadeiras<br />

no interior das PA’s, possíveis pela auto-organização <strong>do</strong> grupo.<br />

Durante o Subprojeto observamos também alguns contra-tempos que<br />

não foram previstos e que geraram algumas dificuldades de ordem meto<strong>do</strong>lógica<br />

durante a pesquisa. O primeiro deles é que as observações <strong>do</strong> registro<br />

de campo eram sempre feitas após as práticas de aventura serem realizadas,<br />

porque to<strong>do</strong>s os integrantes da pesquisa permaneciam envolvi<strong>do</strong>s com a<br />

organização e realização da PA, seja na orientação ou nos cuida<strong>do</strong>s de segurança,<br />

não haven<strong>do</strong> durante as práticas um pesquisa<strong>do</strong>r envolvi<strong>do</strong> exclusivamente<br />

com as observações. Após a realização das PA’s era feito um balanço da<br />

percepção de to<strong>do</strong>s os professores-pesquisa<strong>do</strong>res que compunha a coleta de<br />

da<strong>do</strong>s registrada no diário de campo; porém, temos ciência desta fragilidade<br />

da coleta de da<strong>do</strong>s, e entendemos que para uma próxima pesquisa este seja<br />

um ponto a ser considera<strong>do</strong>, sugerin<strong>do</strong> que alguém ficasse responsável apenas<br />

para a observação.<br />

Talvez a maior autocrítica que se possa fazer ao nosso trabalho seja a<br />

incoerência e contradição inerentes ao desenvolvimento prático de nossa proposta,<br />

pois as experiências de fruição de outros senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s da

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