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a dança dos encéfalos acesos

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No Brasil, o projeto OP_ERA é um ambiente virtual imersivo criado pelas pesquisadoras<br />

Rejane Cantoni e Daniela Kutschat. Em formato experimental, foi um espetáculo que<br />

uniu <strong>dança</strong>, música e objetos computacionais. O trabalho inaugurou no país a tendência<br />

mundial das experimentações artísticas que incluem sensores, telas de projeção, software<br />

e muito hardware biológico e tecnológico para interagir com “coisas em movimento”.<br />

Coisas que podem ser o corpo humano, uma bola, um cachorro ou mesmo um robô.<br />

Na versão apresentada no evento Dança Brasil 2001, com 24 sensores localiza<strong>dos</strong> no<br />

espaço do palco, três telas de projeção, o sistema construído com base em computação,<br />

hardware e software e um interator (neste caso, a bailarina Ivani Santana, responsável<br />

pela concepção corpo-máquina), OP_ERA apresentou as interações, em tempo real, com<br />

o movimento da <strong>dança</strong>rina, que interrompe o fluxo de conexão <strong>dos</strong> sensores provocando<br />

diferenças no andamento da composição sonora e das imagens.<br />

Em São Paulo, o Centro de Estu<strong>dos</strong> do Corpo, CEC, da PUC/SP, coordenado pela professora-<br />

doutora Helena Katz, oferece suporte teórico e um ambiente de discussão para artistas,<br />

pesquisadores e estudantes. Este é o caso de Thelma Bonavita, que não está agregada<br />

formalmente à universidade mas desenvolve, não sem dificuldades, projetos na área.<br />

Corpocoisaetc, realizada em 2001, é a última de suas obras.<br />

um mapa da <strong>dança</strong>-tecnologia<br />

As investigações/experimentações entre <strong>dança</strong> e tecnologia possuem várias abordagens.<br />

Longe de esgotar e registrar aqui todas as que vêm sendo realizadas, preferimos apontar<br />

apenas algumas representações dentro de um possível mapeamento mais amplo, o que<br />

nos revelaria sem dúvida um quadro riquíssimo.<br />

O Grupo Cena 11 Cia. de Dança, vem conseguindo os melhores resulta<strong>dos</strong> na criação de<br />

interfaces entre <strong>dança</strong> e tecnologia no Brasil. O espetáculo Violência (2000) é primoroso na<br />

relação que faz entre <strong>dança</strong> e videogame para discutir o conflito entre realidade e ficção.<br />

O trabalho mais recente, Projeto SKR, é um <strong>dos</strong> premia<strong>dos</strong> pelo Transmídia, programa de<br />

incentivo promovido pelo Itaú Cultural. O destaque do espetáculo é para a questão do<br />

comportamento e a pesquisa entre corpos humanos, os bailarinos, e os robôs.<br />

Criador de um modo sofisticado e singular de unir tecnologia à <strong>dança</strong>, o Cena 11 situa-se num<br />

espaço de junção entre fronteiras de várias áreas. Sua inclusão na família da <strong>dança</strong>-tecnologia se<br />

faz por um motivo muito especial, a hipótese que norteou o desenvolvimento desta pesquisa.<br />

Em seguida, será descrita e analisada a trajetória artística do grupo, por meio de seus seis<br />

últimos espetáculos, a fim de demonstrar a singularidade que o torna parte desse mapa:<br />

o desenvolvimento do corpo remoto controlado.

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