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Uma das mais importantes ações do Itaú Cultural se evidencia no Programa<br />
Rumos, de apoio à produção artística brasileira, que contempla cada área com<br />
a qual a instituição trabalha – artes visuais, cinema e vídeo, <strong>dança</strong>, literatura,<br />
mídia arte e música.<br />
Fincado sobre o tripé formação, fomento e difusão, Rumos caracteriza-se pelo<br />
mapeamento da nova produção em todo o território nacional.<br />
Rumos é formação quando proporciona a artistas, curadores e pesquisadores a<br />
possibilidade de participar de cursos, workshops e atividades que ampliem seus<br />
horizontes intelectuais e profissionais.<br />
Rumos é fomento porque abre espaço para a manifestação de novos artistas e<br />
linguagens, fornecendo condições necessárias ao seu desenvolvimento.<br />
Rumos é difusão, pois garante a circulação dessa produção – via exposições,<br />
exibições, espetáculos, registros fonográficos e videográficos e publicações<br />
impressas e eletrônicas.<br />
Formatado com base em editais de inscrição separa<strong>dos</strong> por área de expressão<br />
artística e com características próprias que se coadunam com a política cultural da<br />
instituição, Rumos já recebeu 7.007 projetos, <strong>dos</strong> quais 333 foram seleciona<strong>dos</strong><br />
por equipes compostas de profissionais especializa<strong>dos</strong>.<br />
rumos itaú cultural transmídia<br />
A primeira edição do Rumos Itaú Cultural Transmídia, ocorrida em 2002,<br />
baseou-se no princípio de que arte tecnológica, arte eletrônica, arte digital<br />
e mídia arte são conceitos, e não definições, de uma fronteira em contínuo<br />
movimento.<br />
O programa privilegiou como campos de atuação ambientes imersivos, arte<br />
biológica, arte telemática, computador como mídia, inteligência artificial,<br />
espetáculos multimídia e instalações interativas. O objetivo do mapeamento foi<br />
detectar indícios da incorporação dessas novas linguagens na produção artística.<br />
Entre 540 trabalhos inscritos, foram contempladas 13 produções e pesquisas<br />
sobre a convergência de linguagens, mídias e tecnologias, de realizadores de São<br />
Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina e Distrito Federal.<br />
Os projetos foram seleciona<strong>dos</strong> por uma comissão independente, de acordo<br />
com três modalidades: Produção, que apóia a execução de obras inéditas;<br />
Desenvolvimento de Projeto, voltada à formatação de propostas; e Publicação<br />
de pesquisas já realizadas. Nesta modalidade, foram contempla<strong>dos</strong> Leituras de<br />
Nós – Ciberespaço e Literatura, de Alckmar Luiz <strong>dos</strong> Santos; Arte Telemática: Dos<br />
Intercâmbios Pontuais aos Ambientes Virtuais Multiusuário, de Gilbertto Prado;<br />
e A Dança <strong>dos</strong> Encéfalos Acesos, de Maíra Spanghero.<br />
A comissão foi formada por profissionais de renome nos campos de atuação<br />
acima cita<strong>dos</strong>: André Lemos, professor da UFBA; Antonio Carlos Barbosa de<br />
Oliveira, diretor executivo do Itaú Cultural; Arlindo Machado, professor do<br />
programa de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC, São Paulo;<br />
Fernando Perez, diretor científico da Fapesp; Jézio Gutierre, editor executivo da<br />
Editora da Unesp; Jimmy Leroy, diretor de arte da MTV Brasil; Helena Katz, crítica<br />
de <strong>dança</strong>; Loop B, DJ e produtor de música eletrônica; Lucia Santaella, professora<br />
do programa de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC, São Paulo;<br />
e Suzete Venturelli, professora da UnB.<br />
A Dança <strong>dos</strong> Encéfalos Acesos analisa os seis últimos espetáculos do Grupo<br />
Cena 11 Cia. de Dança, entre eles Violência (2000), que utiliza próteses (pernas<br />
de pau, separadores bucais e máscaras microfonadas) para tornar os corpos misto<br />
de gente e criaturas virtuais. O livro inicia-se apresentando um mapa da <strong>dança</strong>-<br />
tecnologia e uma síntese histórica dessa relação.<br />
Curadora, escritora e pesquisadora de <strong>dança</strong>, Maíra Spanghero é doutoranda<br />
no programa de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC, São<br />
Paulo. Realizou trabalhos em co-autoria com Artur Matuck e escreve sobre<br />
<strong>dança</strong> em várias publicações.