19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

está? Então, morra! As egípcias a roubaram. Veja o que vou mostrar. Veja o seu sapato, o único<br />

que me resta. Sabe on<strong>de</strong> está o outro pé? Diga-me!<br />

Enquanto com um braço ela segurava Esmeralda, com o outro ela alcançou o pequeno<br />

sapato que repousava na cela. A menina, então, tremen<strong>do</strong>, tentou abrir o saquinho borda<strong>do</strong> que<br />

carregava no pescoço.<br />

— Vai! — murmurou Gúdula. — Encontre logo este amuleto <strong>do</strong> mal!<br />

De repente, ela parou, gritan<strong>do</strong> com uma voz que vinha das mais profundas entranhas:<br />

— Minha filha!<br />

Esmeralda acabara <strong>de</strong> tirar <strong>do</strong> saquinho um pequeno sapato exatamente igual ao outro.<br />

Mais rápida <strong>do</strong> que um raio, a enclausurada comparou o par e, colan<strong>do</strong> à gra<strong>de</strong> da janela o rosto<br />

que brilhava com uma alegria celestial, gritou:<br />

— Minha filha!<br />

— Mamãe! — respon<strong>de</strong>u Esmeralda.<br />

A pare<strong>de</strong> e as barras <strong>de</strong> ferro interpunham-se entre elas.<br />

— A pare<strong>de</strong>! — gritou a enclausurada. — Dê-me sua mão!<br />

A moça passou seu braço através da janela e a enclausurada colou seus lábios nele. De<br />

repente, ela se levantou e começou a balançar com as mãos as barras, mas elas resistiram.<br />

Então, ela foi procurar num canto <strong>do</strong> quarto uma gran<strong>de</strong> pedra e a atirou com tanta violência que<br />

uma das barras se partiu. Um segun<strong>do</strong> golpe quebrou completamente a velha cruz <strong>de</strong> ferro que<br />

<strong>de</strong>limitava a janela. Com as duas mãos, terminou <strong>de</strong> quebrar e afastar os pedaços oxida<strong>do</strong>s. A<br />

passagem ficou aberta e ela segurou a filha, puxan<strong>do</strong>-a <strong>de</strong>vagar para a cela.<br />

— Minha filha! — dizia. — Minha filha está comigo! O bom Deus a <strong>de</strong>volveu.<br />

A moça repetia, <strong>de</strong> tempos em tempos, com uma <strong>do</strong>çura infinita:<br />

— Mamãe!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!