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Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

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Châteaupers. Deus tenha pieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua alma!<br />

— Oh! É um sonho! — ela murmurou, sentin<strong>do</strong> duras mãos levarem-na a uma cela<br />

subterrânea <strong>do</strong> Palácio da Justiça.<br />

Nesta masmorra, ela se viu perdida nas trevas, enterrada, escondida, enclausurada.<br />

Quem a olhasse nesse esta<strong>do</strong>, após tê-la visto rir e dançar ao sol, teria calafrios. Fria como a<br />

noite, fria como a morte, nem mais um sopro <strong>de</strong> vento em seus cabelos, nem mais um som<br />

humano aos seus ouvi<strong>do</strong>s, nem mais um brilho <strong>do</strong> dia em seus olhos. Abatida, esmagada pelas<br />

correntes, agachada perto <strong>de</strong> um jarro e <strong>de</strong> um pedaço <strong>de</strong> pão, sobre um pouco <strong>de</strong> palha numa<br />

poça d'água que se formava. Sem movimento, quase sem respirar, Esmeralda não sofria mais.<br />

Des<strong>de</strong> que chegou ali, não acordava nem <strong>do</strong>rmia. No calabouço, não podia mais<br />

distinguir o dia da noite, o sonho da realida<strong>de</strong>.<br />

Também paralisada, congelada, petrificada, mal notou duas ou três vezes o som <strong>de</strong> um<br />

alçapão que se abria em algum lugar acima <strong>de</strong>la pelo qual uma mão lhe atirava uma casca <strong>de</strong><br />

pão preto.<br />

Apenas uma coisa ainda ocupava mecanicamente seu ouvi<strong>do</strong>: acima <strong>de</strong> sua cabeça,<br />

uma gota <strong>de</strong> água pingava, a intervalos iguais, da abóbada <strong>de</strong> pedras mofadas.<br />

Não havia nenhum outro barulho além <strong>de</strong>ste.<br />

CAPÍTULO 10<br />

A mãe<br />

Em uma manhã <strong>de</strong> maio, enquanto o sol se levantava no céu azul, a enclausurada da<br />

Tour-Roland ouviu um barulho <strong>de</strong> rodas, <strong>de</strong> cavalos e <strong>de</strong> ferragens na Praça da Greve. Ela

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