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Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

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mesas. A parte anterior da sala era ocupada pela multidão; à direita e à esquerda havia homens<br />

<strong>de</strong> túnicas nas mesas; ao fun<strong>do</strong>, sobre um estra<strong>do</strong>, muitos juizes mergulhavam seus rostos na<br />

penumbra.<br />

pessoas aqui?<br />

— Meu senhor — perguntou Gringoire a um vizinho —, o que fazem todas essas<br />

— Estão julgan<strong>do</strong> uma mulher. Não po<strong>de</strong>mos vê-la, pois ela está <strong>de</strong> costas para nós,<br />

encoberta pela multidão.<br />

— E quem é ela? — perguntou Gringoire. — O senhor sabe seu nome?<br />

— Ainda não, porque acabo <strong>de</strong> chegar. Suponho apenas que se trate <strong>de</strong> bruxaria.<br />

Neste instante, os vizinhos impuseram silêncio aos <strong>do</strong>is tagarelas, pois iria ser ouvi<strong>do</strong><br />

um testemunho importante.<br />

— Senhores — dizia, no meio da sala, uma velha cujo rosto <strong>de</strong>saparecia sob a<br />

vestimenta —, uma noite, eu estava costuran<strong>do</strong>, enquanto o moleque brincava, perto <strong>de</strong> mim.<br />

Bateram à minha porta e eu abri. Dois homens entraram: um to<strong>do</strong> vesti<strong>do</strong> <strong>de</strong> preto; o outro, um<br />

belo oficial. Viam-se apenas os olhos <strong>do</strong> que estava <strong>de</strong> preto, duas brasas. De resto, tinha<br />

apenas casaco e chapéu. Eles me pediram um quarto e eu lhes <strong>de</strong>i um aposento <strong>do</strong> andar<br />

superior. Eles me <strong>de</strong>ram uma moeda. Fechei a moeda em minha gaveta e subimos. Ao<br />

chegarmos ao quarto, no momento em que virei as costas, o homem <strong>de</strong> preto <strong>de</strong>sapareceu e<br />

aquilo me <strong>de</strong>ixou um pouco surpresa. O oficial, que era bonito como um fidalgo, <strong>de</strong>sceu comigo<br />

e saiu. Fui fazer umas costuras, quan<strong>do</strong> ele retornou com uma moça, que trazia consigo um<br />

bo<strong>de</strong>, um gran<strong>de</strong> bo<strong>de</strong>, preto ou branco, não sei mais. Eu os fiz subir para o quarto <strong>do</strong> andar<br />

superior, on<strong>de</strong> os <strong>de</strong>ixei sozinhos, ou melhor, com o bo<strong>de</strong>. Desci e continuei a costurar. De<br />

repente, ouvi um grito vin<strong>do</strong> <strong>de</strong> cima e algo cair no chão. A janela se abriu. Corri então para a<br />

minha janela, que fica bem embaixo <strong>de</strong>ste quarto, e vi passar, diante <strong>de</strong> meus olhos, uma massa

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