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Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

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festivida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> dia, soltan<strong>do</strong> um rojão.<br />

O rojão arrepiou a pele <strong>de</strong> Gringoire.<br />

— Maldita festa — gritou ele — que irá me perseguir por toda parte! Ah, meu Deus! Até<br />

nesta pequena ilha quase <strong>de</strong>serta!<br />

corpo:<br />

Em seguida, ele observou o rio Sena a seus pés e uma terrível sensação invadiu-lhe o<br />

— Com que boa vonta<strong>de</strong> eu me afogaria se a água não estivesse tão fria!<br />

Então, surgiu nele uma resolução <strong>de</strong>sesperada. Já que não podia escapar <strong>do</strong> Papa <strong>do</strong>s<br />

Loucos, das ban<strong>de</strong>iras <strong>do</strong> pintor Jehan Fourbault e <strong>do</strong>s fogos <strong>de</strong> artifício, que mergulhasse<br />

bravamente no próprio coração da festa e fosse para a Praça da Greve!<br />

"Po<strong>de</strong> ser", pensou, "que eu consiga uma centelha <strong>de</strong> fogueira para me aquecer e até<br />

mesmo jante por lá."<br />

Quan<strong>do</strong> Pierre Gringoire chegou à Praça da Greve, congelava <strong>de</strong> frio. Ele havia evita<strong>do</strong><br />

a multidão e as ban<strong>de</strong>irolas <strong>de</strong> Jehan Fourbault, mas as rodas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os moinhos pelos quais<br />

passou o haviam molha<strong>do</strong>, encharcan<strong>do</strong> sua blusa.<br />

Ele apressou-se em se aproximar da fogueira que queimava magnificamente no meio<br />

da praça, mas uma multidão consi<strong>de</strong>rável estava à sua volta. Examinan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> perto,<br />

percebeu que o círculo era gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais para que to<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sejassem se aquecer no fogo e que<br />

este grupo <strong>de</strong> especta<strong>do</strong>res não fora atraí<strong>do</strong> unicamente pela beleza <strong>do</strong>s galhos que<br />

queimavam.<br />

Num vasto espaço <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> livre entre a multidão e a fogueira, uma moça dançava. Ela<br />

não era gran<strong>de</strong>, mas parecia, <strong>de</strong> tanto que sua pequena figura se lançava aos movimentos. Era<br />

morena, mas percebia-se que durante o dia sua pele <strong>de</strong>via ter o reflexo <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> das mulheres<br />

espanholas ou italianas. Seus pés pequenos dançavam à vonta<strong>de</strong> nos sapatos graciosos. Ela

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