19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> uma fogueira que queimava sobre uma gran<strong>de</strong> pedra re<strong>do</strong>nda, havia<br />

algumas mesas arrumadas ao acaso. Sobre elas, brilhavam algumas garrafas cheias <strong>de</strong> vinho e<br />

em torno <strong>de</strong>stas garrafas agrupavam-se rostos avermelha<strong>do</strong>s pelo fogo e pela bebida. Risos<br />

estouravam por toda a parte, brigas aconteciam.<br />

Sobre um tonel perto <strong>do</strong> fogo, estava senta<strong>do</strong> um mendigo. Era o rei acomoda<strong>do</strong> sobre<br />

seu trono. Os três conduziram Gringoire diante <strong>de</strong>le e o soberano, <strong>do</strong> alto <strong>do</strong> barril, dirigiu-lhe a<br />

palavra.<br />

Gringoire teve um sobressalto. A voz lembrava aquela ouvida <strong>de</strong> manhã: "Carida<strong>de</strong>,<br />

pelo amor <strong>de</strong> Deus!". O rei <strong>do</strong>s mendigos era, com efeito, Clopin Trouillefou.<br />

Coberto <strong>de</strong> insígnias reais, ele não tinha um trapo a mais nem a menos. Na mão<br />

carregava um chicote com correias <strong>de</strong> couro branco. Sobre a cabeça, portava um tipo <strong>de</strong> chapéu<br />

circular, fecha<strong>do</strong> pela parte superior. Gringoire, sem saber por que, recobrou a esperança ao<br />

reconhecer nessa figura o mendigo <strong>do</strong> salão.<br />

fim.<br />

— Senhor... — balbuciou — Alteza... Amo... Como <strong>de</strong>vo chamá-lo? — perguntou por<br />

— Alteza, majesta<strong>de</strong> ou camarada... Chame-me como quiser, mas apresse-se. O que<br />

tem a dizer em sua <strong>de</strong>fesa?<br />

"Minha <strong>de</strong>fesa?", pensou Gringoire, "Isto não me agrada". E continuou gaguejan<strong>do</strong>:<br />

— Fui eu quem esta manhã...<br />

— Somos seus juizes! — interrompeu Clopin. — Você entrou em nosso reino, violou<br />

nossa cida<strong>de</strong>. Deve ser puni<strong>do</strong>, a menos que seja um ladrão, mendigo ou vagabun<strong>do</strong>. Pratica<br />

alguma <strong>de</strong>ssas profissões, hein? Justifique-se. Apresente suas qualida<strong>de</strong>s.<br />

— Sou o autor da peça que foi encenada esta manhã.<br />

— Já é suficiente — retomou Clopin, sem <strong>de</strong>ixá-lo terminar. — Será enforca<strong>do</strong>!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!