Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

encolheu em seu esconderijo.
Aos poucos, as primeiras névoas de medo dissiparam-se. Caída de joelhos, com a
cabeça sobre a cama, cheia de ansiedade e agitação, ela começou a pedir clemência ao bom
Deus cristão e a rezar para Nossa Senhora, sua protetora.
Prostrada assim, continuou durante muito tempo. Até que no meio da angústia, ouviu
alguém que caminhava perto dela. Virando-se, viu dois homens entrarem no esconderijo e soltou
um grito fraco.
— Não tenha medo! — disse-lhe uma voz conhecida. — Sou eu.
— Quem? — perguntou.
— Pierre Gringoire, seu marido.
Este nome a tranqüilizou e ela levantou os olhos, reconhecendo-o. Mas havia perto dele
alguém vestido inteiramente de preto.
você!
— Djali — continuou Gringoire com um tom de censura — reconheceu-me antes de
A pequena cabra, realmente, apenas esperou que Gringoire dissesse seu nome e já
estava se esfregando com ternura em seus joelhos, cobrindo-o de carícias.
exclamou:
— Quem está aí com você? — perguntou Esmeralda em voz baixa.
— Não se preocupe! — respondeu Gringoire. — É um dos meus amigos.
O homem de preto aproximou-se de Gringoire e disse-lhe alguma coisa, pois o poeta
— É verdade! Já ia me esquecendo. Estamos com pressa! Minha jovem, sua vida está
perigo, assim como a de Djali. Querem enforcá-la. Somos seus amigos e viemos salvá-la.
Siga-nos.
— É verdade? — ela gritou, perturbada.