Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"
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ser enterra<strong>do</strong> no Pántheon, monumento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a acolher os gran<strong>de</strong>s heróis <strong>do</strong> país.<br />
Não lhe bastou ser um extraordinário escritor, colecionan<strong>do</strong> sucessos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dramas<br />
como Cromwell (1827), passan<strong>do</strong> por sua inesgotável produção <strong>de</strong> poesia — Vozes interiores<br />
(1837), Os castigos (1853), As contemplações (1856) — até a série <strong>de</strong> romances célebres como<br />
O corcunda <strong>de</strong> <strong>Notre</strong>-Dame (1831), Os miseráveis (1862) e Os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> mar (1866).<br />
Seu engajamento político e social foi <strong>do</strong>s mais genuínos. Em 1851, Luís Napoleão<br />
Bonaparte se transforma, por meio <strong>de</strong> um golpe <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>, em Napoleão III. Victor Hugo<br />
aban<strong>do</strong>na os salões confortáveis da Aca<strong>de</strong>mia Francesa para exercer oposição ao governante.<br />
Seguem 19 anos <strong>de</strong> exílio nos quais ele nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> criticar o po<strong>de</strong>r monárquico e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>nunciar as injustiças sociais.<br />
De volta à França, aos 64 anos, ele toma parti<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>de</strong>rrota<strong>do</strong>s na Comuna <strong>de</strong> Paris<br />
(1871), sen<strong>do</strong> eleito <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> e, posteriormente, sena<strong>do</strong>r, com ativa atuação política e literária<br />
até a morte, em 1885.<br />
<strong>Notre</strong>-Dame <strong>de</strong> Paris ou o elogio medieval<br />
Inúmeras traduções ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> consagraram o nome <strong>de</strong> O corcunda <strong>de</strong><br />
<strong>Notre</strong>-Dame para o romance <strong>de</strong> Victor Hugo, publica<strong>do</strong> em 1831, com o título <strong>de</strong> <strong>Notre</strong>-Dame <strong>de</strong><br />
Paris. Tal escolha acaba por fazer com que a leitura eleja o sineiro Quasímo<strong>do</strong> como figura<br />
central <strong>do</strong> romance. Entretanto, uma observação mais atenta revelará que a gran<strong>de</strong> personagem<br />
da obra, sem dúvida, é a própria catedral.<br />
Como gran<strong>de</strong> expoente <strong>do</strong> movimento romântico na Europa, que propôs um retorno aos<br />
valores medievais, Victor Hugo empreen<strong>de</strong>u um verda<strong>de</strong>iro discurso a favor da valorização <strong>do</strong>