19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

importante... Ah! Ia esquecen<strong>do</strong>! Não tenho nenhum dinheiro.<br />

— Aqui há algo que po<strong>de</strong> ajudá-lo.<br />

Febo sentiu a mão fria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> <strong>de</strong>slizar na sua uma gran<strong>de</strong> moeda. Ele não<br />

pô<strong>de</strong> recusar o dinheiro e apertou esta mão.<br />

— Deus! — exclamou. — O senhor tem bom caráter!<br />

— Alto Iá, imponho-lhe uma condição! — disse o homem. — Esconda-me em algum<br />

canto <strong>de</strong> on<strong>de</strong> eu possa ver se esta mulher é realmente aquela cujo nome acabou <strong>de</strong> dizer.<br />

Preciso saber se é ela.<br />

— Para mim tanto faz — respon<strong>de</strong>u Febo. — Siga-me e eu o colocarei num canil <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá nos ver e escutar. Não tenho nada a escon<strong>de</strong>r.<br />

Logo, o homem misterioso, que era ninguém menos que <strong>do</strong>m Cláudio Frollo, foi fecha<strong>do</strong><br />

num cubículo sem janela on<strong>de</strong> se abaixou no meio da poeira e <strong>do</strong> entulho que se esfarelava a<br />

seus pés. Sua cabeça queimava e, tatean<strong>do</strong> ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> si com as mãos, ele encontrou um<br />

pedaço <strong>de</strong> vidro quebra<strong>do</strong> que apoiou sobre a testa, alivian<strong>do</strong>-o ligeiramente.<br />

Após um quarto <strong>de</strong> hora, parecia ter envelheci<strong>do</strong> um século. De repente, ouviu estalar<br />

os <strong>de</strong>graus da escada <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Alguém subia. Havia na porta corroída <strong>de</strong> seu calabouço uma<br />

fenda suficientemente larga e ele colou seu rosto a ela. Desta maneira, podia ver tu<strong>do</strong> o que se<br />

passava no quarto vizinho.<br />

Febo e Esmeralda estavam a sós, senta<strong>do</strong>s sobre um baú <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. A moça,<br />

vermelha, atônita e excitada, traçava com a extremida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s linhas a esmo. Não se viam<br />

seus pés, pois a pequena cabra alojara-se sobre eles.<br />

infeliz.<br />

— Não me <strong>de</strong>spreze, senhor Febo — dizia a moça, sem levantar os olhos. — Sou uma<br />

— Desprezá-la? Por quê?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!