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Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

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Jean Frollo, por sua vez, estava numa situação crítica. Enquanto o corcunda brincava<br />

com a escada, o aluno correu para a portinhola, mas ela estava trancada, o que o obrigou a ficar<br />

escondi<strong>do</strong> atrás <strong>de</strong> um rei <strong>de</strong> pedra.<br />

Nos primeiros momentos, o sineiro não se preocupou com ele, mas, por fim, girou a<br />

cabeça e endireitou-se repentinamente. Ele acabara <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o escon<strong>de</strong>rijo. Jean<br />

preparou-se para o duro choque, mas o corcunda continuou imóvel.<br />

— O que há? — disse Jean. — Por que me olha assim?<br />

Enquanto falava, o jovem estudante dissimuladamente preparava sua arma.<br />

— Quasímo<strong>do</strong>! — gritou. -Vou mudar seu nome. De agora em diante você será<br />

chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> "o cego <strong>de</strong> <strong>Notre</strong>-Dame".<br />

O disparo partiu. A flecha assobiou e fixou-se no braço esquer<strong>do</strong> <strong>do</strong> corcunda. Para<br />

Quasímo<strong>do</strong>, foi apenas um arranhão. Ele levou a mão à flecha, arrancou-a e quebrou-a<br />

tranquilamente sobre o joelho. Em seguida, <strong>de</strong>ixou cair os <strong>do</strong>is pedaços. Jean não teve tempo<br />

<strong>de</strong> atirar uma segunda vez. Quasímo<strong>do</strong> inspirou rui<strong>do</strong>samente, saltou como um gafanhoto e caiu<br />

sobre o estudante.<br />

Com a mão esquerda, ele segurou os <strong>do</strong>is braços <strong>de</strong> Jean. Com a direita, arrancou-lhe,<br />

com uma lentidão sinistra, todas as peças da armadura: a espada, os punhais, o capacete, a<br />

couraça, as braça<strong>de</strong>iras.<br />

Quan<strong>do</strong> o estudante se viu <strong>de</strong>sarma<strong>do</strong> e <strong>de</strong>spi<strong>do</strong> por estas temíveis mãos, não tentou<br />

falar, mas pôs-se a rir escandalosamente e a cantar, com intrépida indiferença, uma canção<br />

popular.<br />

Não terminou. Quasímo<strong>do</strong>, com uma só mão segurou o estudante pelos pés e girou-o<br />

sobre o abismo. Em seguida, ouviu-se um barulho <strong>de</strong> ossos estouran<strong>do</strong> contra a pare<strong>de</strong>. Algo<br />

caiu, mas parou a um terço da queda em uma saliência da construção. Era um corpo morto que

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