19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

— Você será enforca<strong>do</strong> — foi a resposta.<br />

Ven<strong>do</strong> que não havia subterfúgio possível, Gringoire ajeitou-se na ponta <strong>do</strong>s pés e<br />

esten<strong>de</strong>u o braço. No momento em que tocava o manequim, a escada, com o peso <strong>de</strong> seu corpo,<br />

se moveu. O poeta tentou, involuntariamente, apoiar-se sobre o boneco, mas per<strong>de</strong>u o equilíbrio<br />

e caiu pesadamente sobre a terra, no meio <strong>do</strong> barulho <strong>de</strong> mil sinos.<br />

— Maldição! — gritou, enquanto caía.<br />

Por alguns instantes, ele permaneceu no chão como morto, com o rosto vira<strong>do</strong> para a<br />

terra. Quan<strong>do</strong> se levantou, o espantalho já havia si<strong>do</strong> retira<strong>do</strong> da corda para que ele pu<strong>de</strong>sse<br />

tomar seu lugar. Forçaram-no, então, a subir a escada. Clopin se aproximou <strong>de</strong>le, passou a<br />

corda em volta <strong>de</strong> seu pescoço e disse, baten<strong>do</strong>-lhe no ombro:<br />

— A<strong>de</strong>us, amigo! Você não po<strong>de</strong> mais escapar agora...<br />

No entanto, o rei <strong>do</strong>s mendigos parou, como se tivesse uma idéia súbita.<br />

— Um momento! — disse. — Ia me esquecen<strong>do</strong>. Normalmente não enforcamos um<br />

homem antes <strong>de</strong> perguntar se uma mulher o aceita como mari<strong>do</strong>. É uma lei cigana, que<br />

<strong>de</strong>vemos respeitar.<br />

Ninguém se apresentou e Clopin ia dar a or<strong>de</strong>m final para enforcar o poeta, quan<strong>do</strong><br />

gritos foram ouvi<strong>do</strong>s:<br />

— Esmeralda! Esmeralda!<br />

Gringoire ficou arrepia<strong>do</strong> e virou na direção <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vinha o clamor, enquanto a<br />

multidão dava passagem a uma figura <strong>de</strong>slumbrante. Era a cigana.<br />

— Esmeralda! — disse Gringoire, estupefato pela maneira brusca com que esta palavra<br />

mágica reunia todas as lembranças <strong>do</strong> dia.<br />

Ela aproximou-se com seu passo rápi<strong>do</strong>. Djali a seguia. Gringoire, mais morto <strong>do</strong> que<br />

vivo, foi observa<strong>do</strong> pela cigana em silêncio.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!