19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— Quasímo<strong>do</strong>.<br />

A resposta encaixava-se tão mal com a pergunta que as gargalhadas recomeçaram. O<br />

senhor Roberto gritou, vermelho <strong>de</strong> cólera:<br />

— Está zomban<strong>do</strong> <strong>de</strong> mim?<br />

— Sineiro na catedral <strong>de</strong> <strong>Notre</strong>-Dame — respon<strong>de</strong>u Quasímo<strong>do</strong>, achan<strong>do</strong> que <strong>de</strong>veria<br />

dizer ao juiz sua profissão.<br />

— Sineiro! — repetiu o juiz-mor, que havia acorda<strong>do</strong> naquela manhã bem<br />

mal-humora<strong>do</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que sua fúria não tinha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser provocada por tão<br />

estranhas respostas. — Sineiro! Farei com que lhe apliquem muitos golpes <strong>de</strong> varas nas costas,<br />

está escutan<strong>do</strong>?<br />

São Martin.<br />

— Se é minha ida<strong>de</strong> que quer saber — disse Quasímo<strong>do</strong> —, farei vinte anos no dia <strong>de</strong><br />

Aquilo foi <strong>de</strong>mais e Roberto d'Estouteville não conseguiu se conter:<br />

— Você está zomban<strong>do</strong> da corte, miserável! Sargentos, levem este palhaço ao<br />

pelourinho da Praça da Greve e apliquem nele uma surra durante uma hora. Ele irá me pagar!<br />

O escrevente em poucos minutos redigiu o veredicto, contu<strong>do</strong>, no momento em que o<br />

senhor Florian Bar<strong>de</strong>bienne lia a sentença para assiná-la, o escrivão sentiu-se comovi<strong>do</strong> e teve<br />

pieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> pobre con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>. Assim, na esperança <strong>de</strong> obter alguma diminuição na pena,<br />

aproximou-se tanto quanto possível da orelha <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>r e disse-lhe, apontan<strong>do</strong> Quasímo<strong>do</strong>:<br />

— Este homem é sur<strong>do</strong>.<br />

Esperava ele que tal coincidência <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertasse o interesse <strong>do</strong> senhor<br />

Florian a favor <strong>do</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>. Mas, em primeiro lugar, já observamos que o ouvi<strong>do</strong>r não se<br />

incomodava com o fato <strong>de</strong> as pessoas perceberem sua sur<strong>de</strong>z. Além disso, ele era tão sur<strong>do</strong><br />

que não compreen<strong>de</strong>u uma só palavra que o escrevente lhe disse. No entanto, quis dar a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!