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Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

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levava à plataforma superior, sobre a qual se via uma roda horizontal <strong>de</strong> carvalho. A ela o<br />

con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> era amarra<strong>do</strong> <strong>de</strong> joelhos e com os braços atrás das costas. A roda girava graças a<br />

uma roldana escondida <strong>de</strong>ntro da construção, assim o rosto <strong>do</strong> réu era mostra<strong>do</strong><br />

sucessivamente a to<strong>do</strong>s os pontos da praça. A isto se costumava chamar "girar um criminoso".<br />

O con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> finalmente chegou, amarra<strong>do</strong> a uma carroça, e quan<strong>do</strong> foi iça<strong>do</strong> sobre a<br />

plataforma pô<strong>de</strong> ser visto <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os pontos da praça. Preso à roda, uma gran<strong>de</strong> vaia,<br />

misturada com risos e aplausos, estourou. Quasímo<strong>do</strong> havia si<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong>.<br />

Era realmente ele, estranhamente <strong>de</strong> volta: preso ao pelourinho na mesma praça on<strong>de</strong>,<br />

na véspera, havia si<strong>do</strong> sauda<strong>do</strong> e aclama<strong>do</strong> Papa <strong>do</strong>s Loucos!<br />

Logo, Michel Noiret, o arauto-mor <strong>do</strong> rei, pediu silêncio e proclamou a sentença, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>terminação e a or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> prefeito. Em seguida, ele se enfiou atrás da carroça<br />

com outras pessoas.<br />

Quasímo<strong>do</strong>, impassível, sequer piscou. Qualquer tipo <strong>de</strong> resistência era impossível<br />

para ele, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às correntes e correias que o prendiam. Ele foi carrega<strong>do</strong> e amarra<strong>do</strong>, sem<br />

reagir. Não era possível perceber qualquer expressão em sua fisionomia, apenas o pasmo <strong>de</strong><br />

um selvagem ou <strong>de</strong> um idiota.<br />

Ele foi coloca<strong>do</strong> <strong>de</strong> joelhos sobre a roda e sua camisa foi retirada até a altura da cintura.<br />

Preso por um novo conjunto <strong>de</strong> correias, <strong>de</strong> vez em quan<strong>do</strong>, bufava rui<strong>do</strong>samente.<br />

Uma gargalhada explodiu na multidão quan<strong>do</strong> a <strong>Corcunda</strong> <strong>de</strong> Quasímo<strong>do</strong> e seu peito<br />

<strong>de</strong> camelo foram expostos. No meio <strong>de</strong> toda a zombaria, um homem uniformiza<strong>do</strong>, pequeno e <strong>de</strong><br />

aparência robusta chegou perto <strong>do</strong> réu. Era Pierrat Torterue, carrasco <strong>do</strong> Châtelet.<br />

Ele colocou no canto <strong>do</strong> pelourinho uma ampulheta preta. Em seguida, tirou o casaco e<br />

tomou em sua mão direita um chicote pequeno e fino com longas tiras brancas, retorcidas,<br />

cobertas <strong>de</strong> entalhes em metal. Com a mão esquerda, levantou com negligência a camisa em

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