19.04.2013 Views

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

Download do livro adaptado "O Corcunda de Notre Dame"

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

e lêem a sorte. Não se sabe <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem este horror às egípcias. E você, Mahiette, por que<br />

então foge assim, sem nem mesmo vê-la?<br />

— Ah! — respon<strong>de</strong>u a outra, seguran<strong>do</strong> entre as mãos a cabeça <strong>do</strong> filho. — Não quero<br />

que aconteça comigo o que aconteceu com Paquette Ia Chantefleurie.<br />

— Aí está uma história que você vai nos contar, minha boa Mahiette — disse Gervaise<br />

seguran<strong>do</strong>-lhe o braço.<br />

— De boa vonta<strong>de</strong> — respon<strong>de</strong>u Mahiette.<br />

E ela contou a história <strong>de</strong> uma pobre mãe, chamada Paquette Ia Chantefleurie, <strong>de</strong><br />

quem os egípcios roubaram a bela filha. Eles foram vistos nas proximida<strong>de</strong>s da casa: eram<br />

morenos, tinham os cabelos muito crespos e brincos <strong>de</strong> prata em forma <strong>de</strong> anel nas orelhas. As<br />

mulheres possuíam o rosto ainda mais negro e os cabelos amarra<strong>do</strong>s em rabos <strong>de</strong> cavalo.<br />

Chantefleurie mostrou-lhes a criança e pediu que eles lessem a sorte <strong>de</strong>la.<br />

— Ela será rainha! — <strong>de</strong>clarou uma egípcia.<br />

E a mãe voltou para casa, muito orgulhosa <strong>de</strong> levar consigo uma futura rainha. No dia<br />

seguinte, aproveitan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> um momento em que a criança <strong>do</strong>rmia, ela correu a contar à<br />

vizinha que sua filha Agnes um dia seria servida à mesa por um rei. Quan<strong>do</strong> retornou, encontrou<br />

a porta aberta e correu para procurar a filha na cama, mas a criança não estava mais ali. Não<br />

havia nenhum sinal da menina, a não ser um <strong>de</strong> seus belos sapatinhos. Desesperada, a pobre<br />

mãe saiu <strong>de</strong> casa, baten<strong>do</strong> a cabeça nas pare<strong>de</strong>s e gritan<strong>do</strong>:<br />

— Minha menina! Quem roubou minha filha?<br />

A rua estava <strong>de</strong>serta e ninguém pô<strong>de</strong> dizer nada. Paquette percorreu a cida<strong>de</strong> durante o<br />

dia inteiro, louca, perdida, farejan<strong>do</strong> as portas e as janelas como um animal selvagem que<br />

per<strong>de</strong>u o filhote. Sem fôlego e <strong>de</strong>scabelada, parava os transeuntes e gritava:<br />

— Minha criança, minha linda filhinha. Serei escrava daquele que <strong>de</strong>volver minha

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!