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Pragmática: Comunicação Publicitária e Marketing - Livros LabCom ...

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Modos de dizer da publicidade e do jornalismo para públicos sêniores... 111<br />

chamou, em análises anteriores, de velhice velha (Palacios, 2008, 2010) 14 .<br />

Esta constatação é fruto da presença de abordagens temáticas e destaque a<br />

problemáticas e mazelas tradicionalmente reconhecidas como características<br />

da velhice: isolamento social, fragilidade e debilidade físicas, violência física,<br />

acometimento de doenças conhecidas como próprias da velhice, relacionamentos<br />

intergeracionais no seio da família, dentre outras abordagens específicas<br />

a situações particulares deste grupo etário, nas localidades em que<br />

vive.<br />

Veja-se o grupo (d) composto por títulos de notícias e reportagens selecionadas<br />

a partir destas premissas:<br />

Carta da leitora Ana Joaquina Mendes de Três Povos: “Pobre de<br />

quem é velho. . . ” 15 ;<br />

Matéria-denúncia: “Idosos foram vítimas de dois crimes por dia<br />

no ano passado” 16 ;<br />

Ciência. Divulgação científica: “Proposta nova definição para<br />

Alzheimer” 17 ;<br />

País. Notícia de âmbito nacional: “600 mil idosos com fome ou<br />

mal alimentados” 18 ;<br />

Do ponto de vista da pragmática linguístico-discursiva cabe mencionar<br />

o que chamou a atenção de Maingueneau (2001) ao destacar que o ato de<br />

14 A denominação velhice velha (Palacios, 2008, 2010) foi criada com o propósito de destacar,<br />

didaticamente, a visão, hegemonica e ainda dominante, nas sociedades ocidentais contemporaneas,<br />

que compreende o processo de envelhecimento como uma fase sombria, isolada,<br />

cheia de temores da morte, acometida de doenças, dentre outros estados que caracterizam esta<br />

interpretação tradicional e socialmente cristalizada. É em oposição a esta velhice velha que<br />

se erguem os mais recentes paradigmas de interpretação da velhice, a exemplo do que se intitula,<br />

nestas análises, como sendo o do novo velho: sujeito dinâmico, autônomo, integrado<br />

familiar e socialmente, dotado de poder aquisitivo para práticas culturais e de lazer e outras características<br />

afirmativas desta interpretação. Esta concepção presente nas modernas sociedades<br />

contemporâneas é reforçada por campos sociais e de conhecimento, a exemplo das ciências<br />

médicas e das ciências sociais e humanas, especialmente, da antropologia e da demografia. Estas<br />

interpretações são igualmente visíveis nas abordagens adotadas pelo jornalismo, bem como<br />

na prática da publicidade, na qual comparecem representações do idoso ou da velhice.<br />

15 Jornal do Fundão, 30 de Setembro 2010;<br />

16 Diário de Notícias, 2 de Outubro de 2010;<br />

17 Diário de Notícias, 11 de Outubro de 2010;<br />

18 Diário de Notícias, 16 de Outubro de 2010;<br />

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