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Pragmática: Comunicação Publicitária e Marketing - Livros LabCom ...

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Modos de dizer da publicidade e do jornalismo para públicos sêniores... 117<br />

Não se constata, neste corpus, a presença por meio de incorporações diretas<br />

ou indiretas aos assim chamados ‘textos fundadores’, a exemplo dos<br />

contos de fadas, dos textos bíblicos, políticos, literários, jurídicos e outros<br />

textos fundadores que compõem a história da produção textual ocidental. Em<br />

decorrência deste fato, o que se pode anunciar, é que os modos de dizer do jornalismo<br />

e da publicidade praticados nestes órgãos impressos e veiculados em<br />

Portugal, acionam, do ponto de vista das operações enunciativas,uma gama<br />

de saberes, conteúdos e pressupostos já circulados contextualmente. Fato este<br />

que vem a corroborar o que já haviam anunciado Adam&Bonhomme (1997),<br />

quando caracterizam a realidade como uma dimensão histórica e ao mesmo<br />

tempo cognitiva. O contexto acionado pelas práticas de produção textual jornalística<br />

e publicitária, em suas operações enunciativas, não se traduz em uma<br />

dimensão desconectada e desligada da realidade, mas ligada à “memória intertextual”.<br />

O que também equivale a dizer que contexto não representa uma<br />

dimensão externa aos sujeitos interpretantes.<br />

O movimento que norteou a configuração do corpus não deixou margem<br />

para uma antecipada coleta de matérias significantes da ambas as práticas, por<br />

meio da possibilidade de selecionar apenas aquelas que trouxessem marcas<br />

patentes de intertextualidade. Contrariamente, seguiu o critério prévio da pertinência<br />

para seleção das matérias e anúncios, por meio da adequação temática<br />

aos púbicos em questão. Desta forma, a imprevisibilidade assumiu o estatuto<br />

de principal elemento de sua composição.<br />

Confirma-se a presença do paradigma do novo velho, mesmo que, paradoxalmente,<br />

seja a velhice velha, ainda, um pressuposto discursivo, em torno<br />

do qual os discursos são estruturados.<br />

Estabelecidos estes insights, pois pertencem a esta altura mais à categoria<br />

dos insights do que das conclusões, impõe-se a realização de novas etapas de<br />

investigação, com corpora e temporalidade mais alargadas, para um desenvolvimento<br />

mais acurado dos pontos que emergem nesta análise exploratória.<br />

Referências<br />

Adam, J. M., & Bonhomme, M. (1997). L’argumentation publicitaire: rhétorique<br />

de l’éloge et de la persuasion. Paris: Éditions Nathan.<br />

Adghirni, Z. L., & Ruellan, D. (2009). O Jornalismo como invenção perma-<br />

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