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Pragmática: Comunicação Publicitária e Marketing - Livros LabCom ...

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212 Madalena Duarte Craveiro Sena<br />

de marca. A embalagem tem que envergar a marca de forma consistente e<br />

de acordo com os conteúdos veiculados pelos outros meios de comunicação<br />

utilizados (Retorta 1992, p.28). Assim, a embalagem não existe apenas para<br />

cumprir a sua função básica de conter fisicamente algo, ela tem a responsabilidade<br />

de carregar a imagem de uma marca, de forma eficaz, que permita<br />

diferenciar-se das marcas concorrentes. Como refere Ülguer (2007, p.106),<br />

a embalagem não é somente um contentor de produto, ela tornou-se a maior<br />

responsável pelo desenvolvimento de uma imagem de marca.<br />

Nesta perspectiva global importa particularizar a posição do público infantil<br />

relativamente às embalagens enquanto suporte de marca e de imagem<br />

de marca. Chareonsakdi (2009, p.20) afirma que a relação da criança com a<br />

embalagem é poderosa pois as crianças são altamente influenciadas por ela e<br />

acrescenta ainda, que é graças à embalagem que um determinado produto se<br />

vai destacar dos demais concorrentes gerando consequentemente uma venda.<br />

Um estudo levado a cabo por Gelperowic & Beharrell em 1994 concluiu que<br />

os pedidos das crianças por certos produtos podem ser unicamente devido à<br />

boa aparência da embalagem. (Hill & Tilley, 2002). Essa influência verifica-se<br />

principalmente nos produtos que elas consomem, como por exemplo: cereais<br />

de pequeno-almoço, snacks e produtos destinados a lanches escolares (Chareonsakdi,<br />

2009 apud McNeal 1992).<br />

Segundo Väistö (2009, p.24) com um ano de idade, as crianças já vêem<br />

televisão e experimentam os produtos que os seus heróis comem (McDonalds<br />

e Burguer King), aos 18 meses reconhecem os logótipos, e, antes do segundo<br />

aniversário, pedem os produtos pelas marcas. Elas sabem o nome das marcas<br />

e memorizam a sua interacção com elas. A repetição de contacto com determinada<br />

marca provoca um sentimento de afecto que pode mesmo comprometer<br />

relações posteriores com outras marcas da mesma categoria de produtos. A<br />

relação que as crianças estabelecem com as marcas é semelhante às relações<br />

que estabelecem com pessoas, animais de estimação ou objectos inanimados.<br />

Para além disso, essa atitude positiva com as marcas tende a preservar-se até<br />

à idade adulta. (Ji, 2002 apud Väistö, 2009, p.24).<br />

Devido a esta relação especial entre as crianças e as marcas e também pelo<br />

facto da marca ser um dos elementos de N2 presente em qualquer embalagem<br />

é que nas últimas duas décadas os profissionais de marketing adoptaram várias<br />

estratégias no sentido de atingir os jovens consumidores. Esta mudança de<br />

atitude partiu do princípio que as crianças detêm o poder e a habilidade de in-<br />

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