Pragmática: Comunicação Publicitária e Marketing - Livros LabCom ...
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174 Célia Barreto<br />
a internet com os outros média. Quando se começava a usar a publicidade na<br />
internet, Shyam Sundar pretendeu averiguar se essa publicidade online funcionava<br />
melhor que a publicidade impressa e concluiu que, para que o anúncio<br />
web resultasse, os publicitários deviam “atrair a atenção do utilizador” recorrendo<br />
a “anúncios animados em oposição aos anúncios estáticos” (Sundar,<br />
1998, p. 830).<br />
Quanto aos formatos específicos e à sua eficácia encontramos alguns estudos.<br />
Jakob Nielsen (Nielsen, 2004) confirma que os pop-up são considerados<br />
irritantes por 95% dos internautas. Também Diego Cox refere que aquilo que<br />
tem abrandado o crescimento publicitário na internet é a forma invasiva como<br />
é veiculada. Os banners, pop-ups, mensagens inesperadas, os sons irritantes<br />
são percebidos como “informação indesejada e inconveniente” que acaba por<br />
afastar o internauta (Cox, 2006, p. 11).<br />
Foi surgindo, entretanto, uma outra perspectiva funcional que tem por base<br />
a assunção de que a interactividade permite aos utilizadores participarem na<br />
construção do seu conteúdo. Nesse sentido, Lombard & Snyder-Duch (2001)<br />
compreendem a interactividade na publicidade como uma característica que<br />
o utilizador pode influenciar. Os autores defendem que os responsáveis pela<br />
publicidade podem tirar partido de uma série de variáveis para interligar o<br />
conceito de interactividade e presença.<br />
Mais ainda, Sundar & Kim (2005) relacionam a interactividade comparada<br />
com outras características estruturais dos anúncios online tais como a animação<br />
e o formato do anúncio. Revelaram ainda que a interactividade é uma<br />
forte ajuda à função persuasiva dos anúncios online. Também, Cho & Leckenby<br />
que expõem o conceito de interactividade como “o grau no qual o indivíduo<br />
se envolve activamente com a publicidade, interagindo com a mensagem<br />
publicitária e os anúncios” (apud Tremayne, 2005, p. 41).<br />
Numa perspectiva um pouco diferente, emergiram outros estudos com<br />
uma visão mais perceptual, mais ligada à percepção dos utilizadores. Carrie<br />
Heeter define a interacção como uma série de acções e reacções do ser<br />
humano com o mundo que o rodeia (Heeter, 2000, p. 7). Para experienciar<br />
algo significa que temos que participar ou viver essa experiência, o que implica<br />
estar presente no tempo e no espaço.<br />
Muito embora Jee & Lee (2002) se refiram aos efeitos da interactividade<br />
percebida, destacam também a importância de alguns antecedentes. As autoras<br />
apontam a atitude para com o site e a intenção de compra como consequên-<br />
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