You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
esultado <strong>da</strong> alteração dos humores, há que retirálos<br />
do corpo de to<strong>da</strong>s as formas possíveis, recorrendo,<br />
ain<strong>da</strong>, ao vómito.<br />
Já a teoria <strong>da</strong> pituíta é mais complexa, embora<br />
se inclua na mesma teoria. A título de exemplo, vou<br />
apenas citar alguns casos mais flagrantes, copiando<br />
as frases que os representam:<br />
Na dedicatória <strong>da</strong> Primeira Centúria explana<br />
largamente o mito <strong>da</strong> contagem dos dias de doença,<br />
atribuindo valores diversos a ca<strong>da</strong> um: os dias<br />
laudáveis são: o 3.º, o 4.º, o 5.º, o 7.º, o 9.º, o 11.º,<br />
o 14.º, 17.º, 20.º, 24.º, etc..... O 13.º dia mantém o<br />
meio termo entre os bons e os maus, e não se considerará<br />
tão bom como os bons nem tão mau como<br />
os maus.... Mais adiante considera, com Galeno, o<br />
mês medicinal. Entende que deve <strong>da</strong>r a conhecer<br />
a opinião de Galeno mas firmemente asseveramos<br />
que não é necessário que 0 médico, nestes tempos,<br />
siga o presente método galénico.... Porém, mais<br />
adiante, aceita este mito que estu<strong>da</strong> e desenvolve.<br />
Será desnecessário comprovar com exemplos<br />
a insistência com que Amato recorre à sangria. Podemos<br />
afirmar, sem exagero, que a refere em quase<br />
to<strong>da</strong>s as curas: Na Primeira Centúria: Cura II, Cura<br />
IX, Cura X, Cura XVI , Cura XVII, Cura XXI, Cura XXV.<br />
No que respeita ao clister também o utiliza sem<br />
parcimónia: Na Primeira Centúria: entre muitas outras<br />
citaremos a Cura II, Cura XXII, Cura XXVIII.<br />
O mesmo se diz <strong>da</strong> purga, utiliza<strong>da</strong> também<br />
na Primeira Centúria, a Cura II, Cura IV, VIII, Cura XV,<br />
Cura XVI, Cura XXI, Cura XXVIII.<br />
A associação <strong>da</strong> sangria, purga e clister, segundo<br />
a norma, surge com muita frequência. Na<br />
Primeira Centúria, Cura XLI, Cura LVII.<br />
Quanto ao papel dos vomitórios, surgem com<br />
alguma frequência: na Primeira Centúria, Cura LXV.<br />
No que refere ao mito dos quentes e dos frios<br />
ou dos secos e húmidos, parece que este princípio<br />
está sempre presente no seu espírito.<br />
Na Primeira Centúria, Cura II , Cura III, Cura VIII,<br />
Cura XXI, Cura XXII, Cura XXVIII, Cura XXXI, Cura<br />
XXXIV, XXXIX, Cura XCII<br />
Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I, Cura VII, Cura<br />
XIV, Cura LXXII.<br />
O mito <strong>da</strong> teoria dos humores, como é natural,<br />
está subjacente em muitos comentários: na Primeira<br />
Centúria, Cura VIII, Cura X, Cura XI, Cura XIII, Cura<br />
XXI, Cura XXXI, Cura XXXV, Cura XXXVI, Cura XX-<br />
MEDICINA NA BEIRA INTERIOR DA PRÉ-HISTÓRIA AO SÉCULO XXI<br />
XIX, Cura LIV, Cura LV, Cura LXIII, Cura LXXXIV, Cura<br />
LXXXI, Cura LXXXII, Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I,<br />
Cura VI, na Terceira Centúria, a Cura XXXVI. Na Terceira<br />
Centúria, a Cura XLIII refere que a palpitação<br />
leva o próprio coração para o humor. Cura LXV. Na<br />
Sexta Centúria, a Cura XXXIX. Cura LXXXII.<br />
Mais rara é a alusão ao mito <strong>da</strong> pituíta: na Primeira<br />
Centúria, Cura VI, Cura XVI, Cura XX, Cura<br />
XXI, Cura XXXII, Cura XXXIX, Cura XLI, Na Segun<strong>da</strong><br />
Centúria a Cura I na Terceira Centúria, a Cura XXIV<br />
diz: com este purgante expulsou muita matéria pituitosa.<br />
Na Sétima Centúria, Cura X, surge com alguma<br />
frequência o mito <strong>da</strong> localização <strong>da</strong> sangria: na<br />
Primeira Centúria, Cura XV: Ora se a plétora aparece<br />
com a supressão <strong>da</strong> menstruação e se o sangue<br />
se tira <strong>da</strong> veia do pé, há o perigo de os humores se<br />
precipitarem... Cura XLI: a dúvi<strong>da</strong> agora era saber<br />
se abrir a safena do pé ou a basílica do braço. A<br />
Cura LII diz: É muito velha a questão se na pleurite,<br />
deve ser aberta a veia do mesmo lado onde está a<br />
dor, ou antes do lado contrário. Na Terceira Centúria,<br />
a Cura XXII fala em espíritos animais. Surgem também<br />
os mitos relacionados com medicamentos ou<br />
aplicações. Assim, na Primeira Centúria, a Cura XL<br />
refere o ninho de andorinha que, neste caso, tem<br />
grande vantagem. Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I:<br />
mandei rapar o cabelo ao doente e colocar o remédio<br />
de excremento de pombos bravos. Na Terceira<br />
Centúria, a Cura XII, discute, largamente, o uso de<br />
excremento de lobo e, a Cura LXXIII <strong>da</strong> V Centúria<br />
aconselha excremento de um garoto que tenha comido<br />
tremoços.<br />
O recurso aos <strong>da</strong>dos dos astros também surgem:<br />
na Primeira Centúria, A Cura XLVI defende<br />
que como diz Galeno, o mesmo mundo que então<br />
existia, existe agora, e nenhuma rota de estrelas se<br />
alterou. Volta ao assunto na Cura LXVIII.<br />
Quanto aos mitos religiosos, tradu-los através<br />
de expressões <strong>da</strong> sua fé na doutrina <strong>da</strong> sua religião.<br />
Na Primeira Centúria, Cura LXXXV: é de admirar o<br />
poder divino. Na Sexta Centúria, a Cura XLV diz: com<br />
a graça de Deus Omnipotente ou na Sexta Centúria,<br />
Cura XCII: graças a Deus aceita, ain<strong>da</strong>, mitos de outras<br />
naturezas como o caso de a criança, enquanto<br />
está no ventre materno é alimentado pelo sangue<br />
menstrual.<br />
27