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caderno 23 - História da Medicina

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esultado <strong>da</strong> alteração dos humores, há que retirálos<br />

do corpo de to<strong>da</strong>s as formas possíveis, recorrendo,<br />

ain<strong>da</strong>, ao vómito.<br />

Já a teoria <strong>da</strong> pituíta é mais complexa, embora<br />

se inclua na mesma teoria. A título de exemplo, vou<br />

apenas citar alguns casos mais flagrantes, copiando<br />

as frases que os representam:<br />

Na dedicatória <strong>da</strong> Primeira Centúria explana<br />

largamente o mito <strong>da</strong> contagem dos dias de doença,<br />

atribuindo valores diversos a ca<strong>da</strong> um: os dias<br />

laudáveis são: o 3.º, o 4.º, o 5.º, o 7.º, o 9.º, o 11.º,<br />

o 14.º, 17.º, 20.º, 24.º, etc..... O 13.º dia mantém o<br />

meio termo entre os bons e os maus, e não se considerará<br />

tão bom como os bons nem tão mau como<br />

os maus.... Mais adiante considera, com Galeno, o<br />

mês medicinal. Entende que deve <strong>da</strong>r a conhecer<br />

a opinião de Galeno mas firmemente asseveramos<br />

que não é necessário que 0 médico, nestes tempos,<br />

siga o presente método galénico.... Porém, mais<br />

adiante, aceita este mito que estu<strong>da</strong> e desenvolve.<br />

Será desnecessário comprovar com exemplos<br />

a insistência com que Amato recorre à sangria. Podemos<br />

afirmar, sem exagero, que a refere em quase<br />

to<strong>da</strong>s as curas: Na Primeira Centúria: Cura II, Cura<br />

IX, Cura X, Cura XVI , Cura XVII, Cura XXI, Cura XXV.<br />

No que respeita ao clister também o utiliza sem<br />

parcimónia: Na Primeira Centúria: entre muitas outras<br />

citaremos a Cura II, Cura XXII, Cura XXVIII.<br />

O mesmo se diz <strong>da</strong> purga, utiliza<strong>da</strong> também<br />

na Primeira Centúria, a Cura II, Cura IV, VIII, Cura XV,<br />

Cura XVI, Cura XXI, Cura XXVIII.<br />

A associação <strong>da</strong> sangria, purga e clister, segundo<br />

a norma, surge com muita frequência. Na<br />

Primeira Centúria, Cura XLI, Cura LVII.<br />

Quanto ao papel dos vomitórios, surgem com<br />

alguma frequência: na Primeira Centúria, Cura LXV.<br />

No que refere ao mito dos quentes e dos frios<br />

ou dos secos e húmidos, parece que este princípio<br />

está sempre presente no seu espírito.<br />

Na Primeira Centúria, Cura II , Cura III, Cura VIII,<br />

Cura XXI, Cura XXII, Cura XXVIII, Cura XXXI, Cura<br />

XXXIV, XXXIX, Cura XCII<br />

Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I, Cura VII, Cura<br />

XIV, Cura LXXII.<br />

O mito <strong>da</strong> teoria dos humores, como é natural,<br />

está subjacente em muitos comentários: na Primeira<br />

Centúria, Cura VIII, Cura X, Cura XI, Cura XIII, Cura<br />

XXI, Cura XXXI, Cura XXXV, Cura XXXVI, Cura XX-<br />

MEDICINA NA BEIRA INTERIOR DA PRÉ-HISTÓRIA AO SÉCULO XXI<br />

XIX, Cura LIV, Cura LV, Cura LXIII, Cura LXXXIV, Cura<br />

LXXXI, Cura LXXXII, Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I,<br />

Cura VI, na Terceira Centúria, a Cura XXXVI. Na Terceira<br />

Centúria, a Cura XLIII refere que a palpitação<br />

leva o próprio coração para o humor. Cura LXV. Na<br />

Sexta Centúria, a Cura XXXIX. Cura LXXXII.<br />

Mais rara é a alusão ao mito <strong>da</strong> pituíta: na Primeira<br />

Centúria, Cura VI, Cura XVI, Cura XX, Cura<br />

XXI, Cura XXXII, Cura XXXIX, Cura XLI, Na Segun<strong>da</strong><br />

Centúria a Cura I na Terceira Centúria, a Cura XXIV<br />

diz: com este purgante expulsou muita matéria pituitosa.<br />

Na Sétima Centúria, Cura X, surge com alguma<br />

frequência o mito <strong>da</strong> localização <strong>da</strong> sangria: na<br />

Primeira Centúria, Cura XV: Ora se a plétora aparece<br />

com a supressão <strong>da</strong> menstruação e se o sangue<br />

se tira <strong>da</strong> veia do pé, há o perigo de os humores se<br />

precipitarem... Cura XLI: a dúvi<strong>da</strong> agora era saber<br />

se abrir a safena do pé ou a basílica do braço. A<br />

Cura LII diz: É muito velha a questão se na pleurite,<br />

deve ser aberta a veia do mesmo lado onde está a<br />

dor, ou antes do lado contrário. Na Terceira Centúria,<br />

a Cura XXII fala em espíritos animais. Surgem também<br />

os mitos relacionados com medicamentos ou<br />

aplicações. Assim, na Primeira Centúria, a Cura XL<br />

refere o ninho de andorinha que, neste caso, tem<br />

grande vantagem. Na Segun<strong>da</strong> Centúria a Cura I:<br />

mandei rapar o cabelo ao doente e colocar o remédio<br />

de excremento de pombos bravos. Na Terceira<br />

Centúria, a Cura XII, discute, largamente, o uso de<br />

excremento de lobo e, a Cura LXXIII <strong>da</strong> V Centúria<br />

aconselha excremento de um garoto que tenha comido<br />

tremoços.<br />

O recurso aos <strong>da</strong>dos dos astros também surgem:<br />

na Primeira Centúria, A Cura XLVI defende<br />

que como diz Galeno, o mesmo mundo que então<br />

existia, existe agora, e nenhuma rota de estrelas se<br />

alterou. Volta ao assunto na Cura LXVIII.<br />

Quanto aos mitos religiosos, tradu-los através<br />

de expressões <strong>da</strong> sua fé na doutrina <strong>da</strong> sua religião.<br />

Na Primeira Centúria, Cura LXXXV: é de admirar o<br />

poder divino. Na Sexta Centúria, a Cura XLV diz: com<br />

a graça de Deus Omnipotente ou na Sexta Centúria,<br />

Cura XCII: graças a Deus aceita, ain<strong>da</strong>, mitos de outras<br />

naturezas como o caso de a criança, enquanto<br />

está no ventre materno é alimentado pelo sangue<br />

menstrual.<br />

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