O Partido com Paredes de Vidro - Partido Comunista Português
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O <strong>Partido</strong> <strong>com</strong> <strong>Pare<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Vidro</strong><br />
camaradas mais responsáveis tão-pouco conhecem suficientemente<br />
os membros do <strong>Partido</strong>.<br />
Tal também o caso <strong>de</strong> freguesias e concelhos em que a estruturação<br />
e a política <strong>de</strong> quadros estão particularmente atrasadas.<br />
É ainda o caso das organizações regionais cujas assembleias,<br />
pela vastidão das organizações e pela <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos problemas<br />
postos, não foram viáveis até recentemente.<br />
Em todos esses casos, a <strong>de</strong>signação pelos organismos superiores<br />
<strong>de</strong> membros <strong>de</strong> organismos dirigentes e a cooptação<br />
por estes <strong>de</strong> novos membros têm sido prática normal e corrente,<br />
embora sempre consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> carácter provisório, porque<br />
acusa um atraso em importantes aspectos do funcionamento<br />
<strong>de</strong>mocrático do <strong>Partido</strong>.<br />
A situação tem contudo evoluído favoravelmente.<br />
Nas 1278 assembleias <strong>de</strong> organizações, realizadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
25 <strong>de</strong> Abril, foram eleitos os órgãos dirigentes. Os anos <strong>de</strong> 1984<br />
e 1985 foram também marcados pela realização das assembleias<br />
das organizações regionais e distritais e pela eleição das direcções<br />
respectivas. Trata-se <strong>de</strong> importantes passos da <strong>de</strong>mocracia<br />
interna do <strong>Partido</strong>.<br />
As eleições dos organismos <strong>de</strong>vem ter duas preocupações<br />
fundamentais: assegurar, por um lado, o direito dos militantes<br />
a escolherem os seus dirigentes; assegurar, por outro lado, o<br />
bom fundamento e a correcção da escolha.<br />
Quanto ao primeiro aspecto, embora sendo <strong>de</strong> admitir e<br />
até <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar em cada caso um regulamento para a eleição (que<br />
po<strong>de</strong> alargar mais ou menos as formas <strong>de</strong> intervenção dos<br />
militantes na eleição), o direito <strong>de</strong> voto significa o direito<br />
<strong>de</strong> votar por, ou <strong>de</strong> votar contra, as propostas feitas, ou <strong>de</strong> abster-se.<br />
Aqueles que participam numa eleição <strong>de</strong>vem sentir-se <strong>com</strong>pletamente<br />
à vonta<strong>de</strong> para expressarem a sua opinião e votarem<br />
segundo a sua consciência.<br />
Quanto ao segundo aspecto, é importante assegurar que,<br />
ao votar, cada qual esteja em condições <strong>de</strong> avaliar as tarefas que<br />
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