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O Partido com Paredes de Vidro - Partido Comunista Português

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O <strong>Partido</strong> <strong>com</strong> <strong>Pare<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Vidro</strong><br />

ganda nos campos entre os camponeses e assalariados, acção<br />

nos sindicatos, cooperativas e outras organizações <strong>de</strong> massas,<br />

acção parlamentar consequente, criação <strong>de</strong> organização ilegal<br />

paralela, dada a incerteza da legalida<strong>de</strong> burguesa, propaganda<br />

sistemática entre os militares.<br />

Nas condições 8, 9, 16, 17, 18 e 19 indicam-se os traços<br />

internacionalistas que caracterizam os «partidos <strong>de</strong> novo tipo»:<br />

apoio pelos partidos dos países colonialistas ao movimento libertador<br />

dos povos coloniais, apoio às repúblicas soviéticas e<br />

respeito obrigatório pelas <strong>de</strong>cisões da IC.<br />

Passaram-se sessenta e cinco anos. Des<strong>de</strong> então a situação<br />

mundial, o processo revolucionário e o movimento <strong>com</strong>unista<br />

sofreram profundas e <strong>de</strong>cisivas alterações.<br />

Algumas das «21 condições para o ingresso na IC», ou seja,<br />

para que os partidos fossem consi<strong>de</strong>rados «<strong>de</strong> novo tipo», <strong>com</strong>o<br />

o <strong>com</strong>bate à i<strong>de</strong>ologia burguesa social-<strong>de</strong>mocrata, continuam a<br />

caracterizar os partidos <strong>com</strong>unistas. Mas o conjunto das características<br />

<strong>de</strong>finidas nas «21 condições» está historicamente ultrapassado.<br />

Des<strong>de</strong> essa época já longínqua, os partidos <strong>com</strong>unistas,<br />

«partidos <strong>de</strong> novo tipo», <strong>de</strong>senvolveram a sua activida<strong>de</strong>, viveram<br />

uma longa história, acumularam ricas e variadas experiências.<br />

A vida mostrou que adoptar estatutariamente os princípios<br />

clássicos do «partido <strong>de</strong> novo tipo» não chega para afirmar um<br />

partido <strong>com</strong>o tal e que a aplicação mecânica e esquemática <strong>de</strong><br />

tais princípios lhes rouba a essência e a valida<strong>de</strong>.<br />

A teoria marxista-leninista do partido não é um dogma,<br />

antes se enriquece <strong>com</strong> a experiência extraordinariamente rica<br />

do movimento <strong>com</strong>unista internacional.<br />

Segundo as condições concretas em que actua um dado<br />

partido, o grau do seu <strong>de</strong>senvolvimento e a sua realida<strong>de</strong> interna<br />

num momento dado, assim é necessário <strong>de</strong>finir linhas <strong>de</strong><br />

orientação e encontrar soluções a<strong>de</strong>quadas ao funcionamento<br />

do partido.<br />

Deixa <strong>de</strong> ter sentido e é quase ininteligível falar hoje em<br />

«partido <strong>de</strong> novo tipo». O «partido <strong>de</strong> novo tipo», em traços<br />

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