O Partido com Paredes de Vidro - Partido Comunista Português
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O <strong>Partido</strong> <strong>com</strong> <strong>Pare<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Vidro</strong><br />
O PCP NA REVOLUÇÃO DE ABRIL<br />
De todos os partidos, o PCP foi o único que propôs ao povo<br />
português <strong>com</strong> clareza e verda<strong>de</strong> os objectivos que consi<strong>de</strong>rava<br />
essenciais na revolução <strong>de</strong>mocrática e que constavam e constam<br />
do seu Programa.<br />
Foi o único que se mostrou sempre coerente <strong>com</strong> a política<br />
que propunha. O único cujas palavras tiveram sempre correspondência<br />
nos actos. O único que falou verda<strong>de</strong> ao povo e<br />
que foi fiel à sua palavra.<br />
Outros partidos proclamaram programas que <strong>de</strong>pois renegaram.<br />
Apoiaram medidas contra as quais <strong>de</strong>pois se insurgiram.<br />
Diziam estar <strong>com</strong> os trabalhadores e conspiravam <strong>com</strong> os multimilionários<br />
fascistas. Todos se <strong>de</strong>clararam pelo «socialismo», tudo<br />
fazendo entretanto para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e manter os monopólios e os<br />
latifúndios. Diziam estar <strong>com</strong> a revolução e procuraram sabotá-<br />
-la e <strong>com</strong>prometê-la. A pretexto por vezes <strong>de</strong> impedirem supostos<br />
«golpes <strong>com</strong>unistas», que eles próprios inteiramente inventavam,<br />
mais que uma vez organizaram verda<strong>de</strong>iros golpes, cujo objectivo<br />
era liquidar a jovem <strong>de</strong>mocracia portuguesa em formação.<br />
De todas as forças políticas, o PCP foi o mais consequente<br />
e firme lutador pelas liberda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mocráticas. Não apenas para<br />
que fossem instauradas. Também para que fossem <strong>de</strong>fendidas.<br />
Assim foi logo nos primeiros dias da revolução. Assim foi<br />
em Julho e Setembro <strong>de</strong> 1974. Assim foi em 11 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong><br />
1975. Assim foi antes e após o 25 <strong>de</strong> Novembro. Assim tem sido<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então e continua a ser na actualida<strong>de</strong>.<br />
A Revolução <strong>de</strong> Abril <strong>com</strong>provou inteiramente a tese do<br />
PCP <strong>de</strong> que, nas condições existentes em Portugal, a instauração<br />
da <strong>de</strong>mocracia política <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 48 anos <strong>de</strong> ditadura<br />
fascista era inseparável da liquidação daquelas estruturas socioeconómicas<br />
que, <strong>com</strong> a acção do governo fascista e apoiadas<br />
no terror fascista, haviam obtido o <strong>com</strong>pleto domínio da<br />
economia portuguesa: os monopólios (associados ao imperialismo)<br />
e os latifúndios.<br />
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